Nossa missão é fazer seu evento diferenciado e inesquecível.

Sobre nós

Hoje em dia é comum encontrar em eventos especiais um Barman fazendo drinks e promovendo o entretenimento dos convidados, pensando nisso e nesta nova oportunidade, amparada por nosso prazer em servir e na paixão pela coquetelaria, criamos a Artes Bar

Serviços

Oferecemos serviços com caipirinha, caipifrutas, drinks, coquetéis com álcool e sem álcool, Bartenders e balcão de bar móvel e temático, utensílios de bar e iluminação.

 Atendemos diversos tipos de eventos dentre eles: empresariais, casamentos, aniversários, formaturas, despedidas, festas de 15 anos, coquetéis, convenções, boates, feiras, congressos, confraternizações etc.

Estrutura:

Serão montadas estruturas de bares de acordo com o tipo da festa e a quantidade de convidados. Cuidaremos de toda dinâmica do bar com balcões com iluminação, utensílios de bar, copos descartáveis cristal, bebidas, frutas, gelo, etc.

Serviço:

Garantimos o nosso serviço por 4 horas; ultrapassando esse período será cobrada hora extra em valor a combinar.

Equipe:

Nossa equipe é formada por profissionais capacitados, divertidos, comunicativos e com ótima apresentação pessoal. 

Obs: Em alguns eventos oferecemos mão de obra do Barman, para este serviço enviaremos utensílios necessários os trabalhos do profissional disponibilizaram lista para compra das bebidas frutas e outros.

Bebidas:

Só usamos marcas de qualidade e tudo fica exposto em cima do open bar para todos verem. Exemplo de marcas de qualidade: Vodka Smirnoff, Rum Bacardi, Licores da Stock, gelo mineral, açúcar União, leite condensado Nestlê e outras marcas conhecidas. 

Entre em contato já!

 

 

História

Hoje em dia é comum encontrar em eventos especiais um Bartender fazendo drinks e promovendo o entretenimento dos convidados, pensando nisso e nesta nova oportunidade, amparada por nosso prazer em servir e na paixão pela coquetelaria, criamos a Artes Bar.

 è Nossa missão é fazer seu evento diferenciado e inesquecível.


DECORAÇÃO DE COQUETÉIS / COCKTAILS VISUAL

O visual de um coquetel é tão importante quanto seu gosto e aroma...
O drink,quando é confeccionado por barman, bartender, barwoman, mixologista e tantos outros nomes que são dados aos profissionais de bar que fazem com maestria os drinks e cocktails que consumimos nos mais diferentes estabelecimentos, tem em sua grande maioria a prática da decoração correta para cada tipo de drink.
Drinks servidos com canudo podem ter decorações muito chamativas como frutas em guarnição de taças e copos...
Drinks servidos em taças curtas ou short drinks, usam de uma decoração mais simples e delicada porem sempre presente, dando um visual mais atrativo e na maioria dos casos aroma e sabor.
Vários profissionais de pista ou garçons comentavam comigo da diferença que faziam os coquetéis que eu confeccionava quando estes passavam em frente ao público cliente em cada noite, muitas vezes estes eram abordados por estes clientes e perguntavam
__Que é isso que vc tá levando? ou simplesmente diziam.
__Traz um desses pra mim tbm.
Eu acredito que um bartender profissional deve ter consigo sempre os 10 mandamentos da ABB, a Associação Brasileira de Bartenders, onde consta algo que levo comigo sempre.
OS 10 MANDAMENTOS DO BARTENDER
1.    O bartender é um artista e a coquetelaria uma arte. Esta é nutrida de espírito, sabor, aroma e cor;

2.    A missão do profissional é alegrar, não embriagar;

3.    Faça do cliente um amigo, não do amigo um cliente;

4.    Nunca ofereça um drink sem disponibilizar um sorriso;

5.    Fale somente o necessário, não escute o alheio e esqueça as confidências dos amigos;

6.    Seja o mais limpo, o mais elegante e o mais cordial do local;

7.    Não faça trapaça com as bebidas. Não brinque com a confiança dos amigos. Sirva sempre o seu melhor;

8.    Seja paciente com os que o auxiliam no bar. Ensine seu ofíciocom amor;

9.    Mantenha acesa a chama da solidariedade profissional e não permita que a apaguem;

10. Sinta (e mereça) o orgulho de ser um bartender.
O Bartender por ser um artista deve sempre utilizar todos os recursos possíveis para fazer seu drink, que além de perfeito, tenha a presença de seu toque pessoal na decoração zelando pela harmonia de sabor, aroma, cor e adequação..."ADEQUAÇÃO"???? sim pq cada decoração deve levar em conta o tipo de drink, modo de preparo e claro, de que maneira deve ser consumido.
 Cada drink possui um modo de preparo próprio, taça ou copo caracteristico e tipo de decoração a ser incluída. taças pequenas não podem ter decorações grandes já que drinks nelas servidos não utilizam de canudo e decorações grandes invadiriam o rosto do cliente.

Abraço a todos...
Marcelino "Artes Bar"

 Conhaque (Cognac)



Na antiguidade as aguardentes (eaux-de-vie) e os licores não eram conhecidos no Ocidente. Os primeiros a praticarem a destilação foram os povos do Extremo-Oriente. Quanto aos árabes, começaram a destilar o álcool nos primórdios da Idade Média, passando esse conhecimento aos europeus. Álcool, alambique, alquimia são todos os termos de origem árabe, sendo o al o artigo em árabe.
Se o desejo de beber está na origem do vinho, o desejo de agradar está na origem do álcool. Os árabes diluiam um certo tipo de pó negro em água, faziam-no ferver, condensavam seu vapor e depois solidificavam o líquido final. Obtinham assim o khol, com o qual suas mulheres embelezavam os olhos, dando-lhes mais brilho.
A técnica da destilação ganhou a Europa pela Espanha, onde foi introduzida pelos árabes durante a longa dominação no século XIII, Arnaud de Vinelleneuve, alquimista do rei de Aragão, escrevia no seu Tratado sobre a Conservação da Juventude: “alguns chamam esse líquido de aguardente (eau-de-vie), e este nome lhe convém, pois ele faz com que vivamos por mais tempo”.
Para ele, o álcool era a panacéia buscada há tantos anos, o exilir da vida, velho sonho dos alquimistas. Por causa dessa origem obscura, a aguardente nos seus primórdios passava por ter propriedades mágicas e afins terapêuticos. As frutas e as plantas que eram misturadas ao álcool melhoravam seu gosto e, diziam, aumentavam seu poder medicamentoso.
Assim, no silêncio de seus monastérios e laboratórios, enquanto buscavam o exilir da longa vida, os religiosos e alquimistas do início do século XIV descobriram os segredos de fabricação dos primeiros licores.
O século XVIII marcará uma nova etapa na fabricação de licores com a chegada à Europa do açúcar de cana das Antilhas e as especiarias que lhes davam sabor.
No início do século XIX, M. Adam inventou um aparelho de destilação tão perfeito que retirava do álcool todo gosto indesejável e permitia obter, por misturas bem dosadas de grãos e plantas, os sprits que são, ainda hoje, a base dos licores.
O CONHAQUE (COGNAC)
O Conhaque, juntamente com o Armagnac, é a mais renomada aguardente de vinho e é obtido através da destilação de vinhos brancos de cepas selecionadas ( Folle Blanche, Colombard, Ugni Blanc). Como a matéria-prima do Conhaque deve ser uma uva fraca e ácida, usava-se, inicialmente, a Folle Blanche, bem ácida e aromática. Depois da dizimação dos vinhedos pela phylloxera, na segunda metade do século XIX, como a Folle Blanche mostrou-se inadaptada à enxertia, foi substituída pela Ugni Blanc, também conhecida por St. Émilion (em Conhaque) e Trebbiano (na Itália).
Os vinhos produzidos com essas uvas são destilados segundo o método charentês (de Charente) num alambique de repasse, através de 2 destilações sucessivas. A première chauffe dá broullis de 27 a 30°, que retorna ao alambique e é fervido de forma regular por 12 horas. Isola-se então o álcool do início (tête) e o do fim da destilação (queue), guardando-se apenas a parte do meio (coeur). Apenas esta eau-de-vie, que se chama bonne chauffe, que alcançou de 69 a 72°, envelhecerá na madeira.
A extração de cor ( até então é um líquido incolor), taninos e sabores é conseguida durante o estágio em barricas de carvalho. Com a evaporação, que ocorre através dos poros de madeira, o oxigênio vai oxidar, maturar e afinar o Conhaque.
A evaporação é chamada de “ parte dos anjos “ e causa perda de 3% do volume e redução de 1% de teor alcoólico por ano. Isso representa uma enorme perda de volume por ano, cerca de 20 milhões de garrafas.
Utiliza-se o carvalho da floresta de Limousin, próxima a Conhaque, para a fabricação de barricas. O Maître de Chai faz a seleção dos Conhaques de várias regiões e os mescla. O caráter de cada Conhaque obtido será resultado das proporções dessa mistura e do seu envelhecimento.
Antes de chegar ao mercado, o Conhaque tem seu teor alcoólico reduzido para 40-45%, com a adição de destilados mais fracos da região ou água destilada. É permitida a adição de açúcar e caramelo à bebida.
LEGISLAÇÃO E REGIÕES

A legislação que regula a produção do Conhaque é bastante severa, existindo uma série de leis para normatizar a origem, o envelhecimento e as diferentes apelações. A região se limita aos departamentos de Charente-Maritime e Charente, dentro da qual existem 6 zonas de produção ou crus, cada qual limitada por diferenças de terroir. São as seguintes, por ordem decrescente de qualidade:
Grande Champagne
Petite Champagne
Borderies
Fins Bois
Bons Bois
Bois Ordinaries
APELAÇÕES DE ORIGEM:

Grand Fine Champagne Conhaque – 100% Grande Champagne
Fine Champagne Conhaque – mínimo de 50% Grande Champagne – máximo de 50% Petite Champagne
Petite Fine Champagne Conhaque – 100% Petite Champagne
DENOMINAÇÕES QUANTO AO ENVELHECIMENTO

Três estrelas – quando seu componente mais novo tem, no mínimo, 30 meses
V.O. e V.S.O.P. – Very Old e Very Superior Old Pale – quando contiverem aguardentes cuja idade mínima seja de 4,5 anos.
Extra X.O. (Extra Old), Napoléon, Grande Réserve – feitos com aguardentes de, no mínimo, 6,5 anos, até 60 anos.
Lembramos que a idade se refere apenas ao componente mais novo do blended, sendo a média de idade bastante superior ao que se lê no rótulo. Além disso, só se computa o envelhecimento em carvalho, pois não existe evolução do Conhaque após o engarrafamento.

 Vinho





Desde os tempos mais remotos, o vinho tem vindo a desempenhar um papel de relevo em quase todas as civilizações. "Fruto da videira e do trabalho do Homem", não é ultrapassado por nenhum outro produto da agricultura, aliando esse fruto saboroso e nutritivo à bebida privilegiada, precioso néctar, dele extraída. Repleto de simbologia, impregnado de religiosidade e de misticismo, o vinho surge desde muito cedo na nossa literatura, tornando-se fonte de lendas e inspiração de mitos. As expressões "dádiva de deuses", "Sangue de Cristo", e "essência da própria vida" atribuídas a este produto corroboram bem o papel do vinho na vertente cultural bem como a sua importância na nossa civilização, a que chamamos "ocidental", cujos fundamentos se encontram no direito romano e na religião cristã, que desde sempre enalteceram e dignificaram este saboroso líquido.
Mas... tentemos fazer uma pequena viagem até às mais recônditas origens, na história da vinha e do vinho em Portugal.



2 000 anos a.C.; séc.X a.C. – séc.II a.C.Reino de Tartessos; Fenícios e Gregos; Celtas e Iberos



Embora envolto em muitas dúvidas e mitos, pensa-se que a vinha terá sido cultivada pela primeira vez em terras da Península Ibérica (vale do Tejo e Sado), cerca de 2 000 anos a.C., pelos Tartessos, dos mais antigos habitantes desta Península, cuja civilização parece ter sido bastante avançada. Estes habitantes estabeleciam negociações comerciais com outros povos, permutando diversos produtos, entre os quais o vinho, que veio a servir, provavelmente, de moeda de troca no comércio de metais.
Os Fenícios, cerca do século X a.C., acabaram por se apoderar do comércio dos Tartessos, incluindo o respeitante aos vinhos. Pensa-se que tenham trazido algumas castas de videiras que introduziram na Lusitânia.No século VII a.C. os Gregos instalaram-se na Península Ibérica e desenvolveram a viticultura, dando uma particular atenção à arte de fazer vinho. Na necrópole de Alcácer do Sal foi encontrada uma "cratera" grega de sino, vaso onde os Gregos diluíam o vinho com água antes de o consumirem.Alguns autores referem que Ulisses, ao fundar a cidade de Lisboa (a que deu o nome de Ulisseia ou Olisipo) seguiu o costume usado nas suas viagens, oferecendo vinho para festejarem com ele as boas vindas. Crê-se que no século VI a.C. os Celtas, a quem a videira já era familiar, teriam trazido para a Península as variedades de videira que cultivavam. É também provável que tenham trazido técnicas de tanoaria. Os Celtas e os Iberos fundiram-se num só povo - os Celtiberos -, ascendentes dos Lusitanos, povo que se afirma no século IV a.C.


Séc.II a.C. a Século VII d.C. Romanos e Povos Bárbaros



A expansão guerreira de Roma na Península Ibérica conduziu aos primeiros contactos com os Lusitanos, cerca de 194 a.C. Seguiram longos anos de lutas de guerrilha, só vencidas pelos Romanos dois séculos depois, com a conquista de toda a Península em 15 a.C., conseguindo subjugar os Lusitanos. A romanização na Península contribuiu para a modernização da cultura da vinha, com a introdução de novas variedades e com o aperfeiçoamento de certas técnicas de cultivo, designadamente a poda.Nesta época, a cultura da vinha teve um desenvolvimento considerável, dada a necessidade de se enviar frequentemente vinho para Roma, onde o consumo aumentava e a produção própria não satisfazia a procura. Seguiram-se as invasões bárbaras e a decadência do Império Romano. A Lusitânia foi disputada aos romanos por Suevos e Visigodos que acabaram por vencê-los em 585 d.C, tendo-se dado, com o decorrer do tempo, a fusão de raças e de culturas, passando-se do paganismo à adopção do Cristianismo.É nesta época (séculos VI e VII d.C.), que se dá a grande expansão do Cristianismo (apesar de já ser conhecido na Península Ibérica desde o séc. II). O vinho torna-se então indispensável para o acto sagrado da comunhão. Os documentos canónicos da época evidenciam a "obrigatoriedade" da utilização do vinho genuíno da videira na celebração da missa (produto designado por "não corrompido", ao qual tivesse sido apenas adicionada uma pequena porção de água). Ao assimilar a civilização e religião dos romanos, os "bárbaros" adoptaram igualmente o vinho, considerando-o como a bebida digna de povos "civilizados". No entanto, não introduziram quaisquer inovações no cultivo da videira.


Século VIII a XIIAlta Idade Média - Invasão dos Árabes



No início do Século VIII outras vagas de invasores se seguiram, desta vez vindas do Sul. Com a influência árabe começava um novo período para a vitivinicultura Ibérica.O Corão proibia o consumo de bebidas fermentadas, onde o vinho se inclui. No entanto, o emir de Córdoba que governava a Lusitânia, mostrou-se tolerante para com os cristãos, não proibindo a cultura da vinha nem a produção de vinho. Havia uma razão: para os Árabes, a agricultura era importantíssima, aplicando-se aos agricultores uma política baseada na benevolência e protecção, desde que estes se entregassem aos trabalhos rurais, para deles tirarem o melhor proveito. Mesmo no Algarve, onde o período do domínio árabe foi mais longo, ultrapassando cindo séculos, produziu-se sempre vinho, embora se seguissem os preceitos islâmicos.Lisboa manteve, deste modo, o seu comércio tradicional de exportação de vinho. Nos séculos XI e XII, com o domínio dos Almorávidas e Almoadas, os preceitos do Corão foram levados com maior rigor, dando-se, então, uma regressão na cultura da vinha.


Século XII a XIVBaixa Idade Média



Entre os séculos XII e XIII, o vinho constituiu o principal produto exportado. Documentos existentes, designadamente doações, legados, livros ou róis de aniversários, livros de tombos de bens, etc., confirmam a importância da vinha e do vinho no território português, mesmo antes do nascimento da nacionalidade. Conhecem-se doações que incluíam vinhas ao Mosteiro de Lorvão, entre 950 e 954.Entretanto, já se tinha iniciado a Reconquista Cristã. As lutas dão-se por todo o território e as constantes acções de guerra iam destruindo as culturas, incluindo a vinha. A fundação de Portugal, em 1143 por D. Afonso Henriques, e a conquista da totalidade do território português aos mouros, em 1249, permitiu que se instalassem Ordens religiosas, militares e monásticas, com destaque para os Templários, Hospitalários, Sant'Iago da Espada e Cister, que povoaram e arrotearam extensas regiões, tornando-se activos centros de colonização agrícola, alargando-se, deste modo, as áreas de cultivo da vinha.O vinho passou, então, a fazer parte da dieta do homem medieval começando a ter algum significado nos rendimentos dos senhores feudais. No entanto, muita da sua importância provinha também do seu papel nas cerimónias religiosas. Daí o interesse dos clérigos, igrejas e mosteiros, então em posição dominante, pela cultura da vinha.
Os vinhos de Portugal começaram a ser conhecidos até no norte da Europa. Consta que o duque de Lencastre, após o seu desembarque na Galiza, quando veio a Portugal em auxílio de D. João I na luta contra Castela, conhecendo já a fama dos nossos vinhos, mostrou desejo de provar o vinho de Ribadavia, tendo-o achado "muito forte e fogoso"...Foi na segunda metade do século XIV, que a produção de vinho começou a ter um grande desenvolvimento, renovando-se e incrementando-se a sua exportação.


Século XV – XVIIIdade Moderna - Renascimento



Nos séculos. XV e XVI, no período da expansão portuguesa, as naus e galeões que partiram em direcção à Índia, um dos produtos que transportavam era o vinho. No período áureo que se seguiu aos Descobrimentos, os vinhos portugueses constituíam lastro nas naus e caravelas que comercializavam os produtos trazidos do Brasil e do Oriente.Será talvez oportuno referirem-se aqui os vinhos de "Roda" ou de "Torna Viagem". Se pensarmos quanto tempo demoravam as viagens... Eram, na generalidade, cerca de seis longos meses em que os vinhos se mantinham nas barricas, espalhadas pelos porões das galés, sacudidas pelo balancear das ondas, ou expostos ao sol, ou por vezes até submersas na água dos do fundo dos navio... E o vinho melhorava!
Tal envelhecimento suave era proporcionado pelo calor dos porões ao passarem, pelo menos duas vezes, o Equador e pela permanência do vinho nos tonéis, tornando-os ímpares, preciosos e, como tal, vendidos a preços verdadeiramente fabulosos. O vinho de "roda" ou de "torna viagem" veio assim facultar o conhecimento empírico de um certo tipo de envelhecimento, cujas técnicas científicas se viriam a desenvolver posteriormente.Em meados do século XVI, Lisboa era o maior centro de consumo e distribuição de vinho do império - a expansão marítima portuguesa levava este produto aos quatro cantos do mundo. Chegados ao século XVII, o conjunto de publicações de várias obras de cariz geográfico e relatos de viagens, quer de autores portugueses, quer de autores estrangeiros, permite-nos entender o percurso histórico das zonas vitivinícolas portuguesas, o prestígio dos seus vinhos e a importância do consumo e do volume de exportações.


Século XVIII a XXIdade Contemporânea


Em 1703, Portugal e a Inglaterra assinaram o Tratado de Methwen, onde as trocas comerciais entre os dois países foram regulamentadas. Ficou estabelecido um regime especial para a entrada de vinhos portugueses em Inglaterra. A exportação de vinho conheceu então um novo incremento.No século XVIII, a vitivinicultura, tal como outros aspectos da vida nacional, sofreu a influência da forte personalidade do Marquês de Pombal. Assim, uma grande região beneficiou de uma série de medidas proteccionistas - a região do Alto Douro e o afamado Vinho do Porto. Em consequência da fama que este vinho tinha adquirido, verificou-se um aumento da sua procura por parte de outros países da Europa, para além da Inglaterra, importador tradicional. As altas cotações que o Vinho do Porto atingiu fizeram com que os produtores se preocupassem mais com a quantidade do que com a qualidade dos vinhos exportados, o que esteve na origem de uma grave crise.Para pôr fim a esta crise, o Marquês de Pombal criou, por alvará régio de 10 de Setembro de 1756, a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com o fim de disciplinar a produção e o comércio dos vinhos da região, prevendo ainda a necessidade de se fazer, urgentemente, a demarcação da região, o que veio a concretizar-se. Assim, segundo alguns investigadores, foi esta a primeira região demarcada oficialmente no mundo vitivinícola.O século XIX foi um período negro para a vitivinicultura. A praga da filoxera, que apareceu inicialmente na região do Douro em 1865, rapidamente se espalhou por todo o país, devastando a maior parte das regiões vinícolas. Colares foi a única excepção, porque a filoxera não se desenvolve nos terrenos de areia, onde as suas vinhas se cultivam, ainda hoje.Assim, para fazer face a este flagelo, logo em 1866, António Augusto de Aguiar, juntamente com João Inácio Ferreira Lapa e o Visconde de Vila Maior, foram encarregados de avaliar a situação dos centros vinícolas do país e de estudar os processos que neles se adoptavam. Este conhecimento da situação concreta da vitivinicultura portuguesa, levou António Augusto de Aguiar à nomeação de Comissário Régio na Exposição de Vinhos, realizada em Londres, em 1874. Foi justamente no âmbito da sua participação nesta exposição e da digressão científica que fez pelos países europeus produtores de vinhos, que desencadeou a análise crítica e audaz ao sector vitivinícola nacional, expressa nas famosas Conferências sobre Vinhos, proferidas por António Augusto de Aguiar, em 1875, no Teatro de D. Maria e, posteriormente, no da Trindade.O início do século XX, foi marcado pela Exposição Universal de Paris emblematicamente inaugurada em 1900. Portugal participou activamente neste evento, dedicando especial atenção à secção de Agricultura, por todos considerada o sector mais importante da nossa representação. Deste evento, ficou-nos a obra fundamental de B. C. Cincinnato da Costa, "Le Portugal Vinicole", editada especificamente para ser apresentada na exposição.Em 1907/1908, iniciou-se o processo de regulamentação oficial de várias outras denominações de origem portuguesas. Para além da região produtora de Vinho do Porto e dos vinhos de mesa Douro, demarcavam-se as regiões de produção de alguns vinhos, já então famosos, como são o caso dos vinhos da Madeira, Moscatel de Setúbal, Carcavelos, Dão, Colares e Vinho Verde.Com o Estado Novo (1926/1974), foi iniciada a "Organização Corporativa e de Coordenação Económica", com poderes de orientação e fiscalização do conjunto de actividades e organismos envolvidos. Foi neste contexto que se criou a Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal (1933), organismo corporativo dotado de grandes meios e cuja intervenção se marcava, fundamentalmente, na área da regularização do mercado.À Federação, seguiu-se a Junta Nacional do Vinho (JNV) (1937), organismo de âmbito mais alargado, que intervinha tendo em conta o equilíbrio entre a oferta e o escoamento, a evolução das produções e o armazenamento dos excedentes, em anos de grande produção, de forma a compensar os anos de escassez.A JNV veio a ser substituída em 1986 (D.L. nº 304/86 de 22 de Setembro) pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), organismo adaptado às estruturas impostas pela nova política de mercado decorrente da adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Surge, então, uma nova perspectiva na economia portuguesa e, consequentemente, na viticultura. O conceito de Denominação de Origem foi harmonizado com a legislação comunitária, e foi criada a classificação de "Vinho Regional", para os vinhos de mesa com indicação geográfica, reforçando-se a política de qualidade dos vinhos portugueses.Com objectivos de gestão das Denominações de Origem e dos Vinhos Regionais, de aplicação, vigilância e cumprimento da respectiva regulamentação, foram constituídas Comissões Vitivinícolas Regionais (associações interprofissionais regidas por estatutos próprios), que têm um papel fundamental na preservação da qualidade e do prestígio dos vinhos portugueses. Actualmente estão reconhecidas e protegidas, na totalidade do território português, 32 Denominações de Origem e 8 Indicações Geográficas.


Algumas curiosidades históricas


Moscatel de Setúbal - (1381) Nesta data Portugal já exportava grande quantidade deste vinho para a Inglaterra. Vinho do Porto - o Tratado de Methwen (1703) assinado entre Portugal e a Grã-Bretanha, contribuiu para a popularidade deste vinho que beneficiava de taxas aduaneiras preferenciais. Durante o século XVIII, para os ingleses, vinho era praticamente sinónimo de vinho do Porto. Vinhos da Bairrada - No Reinado de D. Maria I (1734/1816) os vinhos portugueses adquiriram grande projecção, tendo-se iniciado a exportação de vinhos, com destaque para os desta região, que foram exportados para a América do Norte, França, Inglaterra e, em especial, para o Brasil, onde eram muito apreciados. Vinho de Bucelas - Com as Invasões Francesas (1808/1810) este vinho começou a ser conhecido internacionalmente. Wellington apreciava-o de tal maneira que o levou de presente ao então príncipe regente, mais tarde Jorge III de Inglaterra. Depois da Guerra Peninsular, este vinho tornou-se um hábito na corte Inglesa. No tempo de Shakespeare (1564/1613) o vinho de Bucelas era conhecido por "Lisbon Hock" (vinho branco de Lisboa) (1564/1613). Vinho de Carcavelos - (1808/1810) foi bem conhecido das tropas de Wellington que o levaram para Inglaterra, tendo sido, durante largos anos, exportado em grandes quantidades. Vinho da Madeira - (1808/1810) Considerado um dos vinhos de maior requinte nas cortes europeias, tendo chegado mesmo a ser usado como perfume para os lenços das damas da corte. Na corte inglesa este vinho rivalizava com o vinho do Porto. Shakespeare (1564/1613) referiu-se ao vinho da Madeira como essência preciosa, na sua peça "Henrique IV". O duque de Clarence, irmão de Eduardo IV (séc. XV) deixou o seu nome ligado a este vinho quando, ao ter sido sentenciado à morte na sequência de um atentado contra o seu irmão, escolheu morrer por afogamento num tonel de Malvasia da Madeira. Mas para além da Inglaterra, também a França, a Flandres e os Estados Unidos o importavam. Francisco I (1708/1765), orgulhava-se de o possuir e considerava-o "o mais rico e delicioso de todos os vinhos da Europa". As famílias importantes de Boston, Charleston, Nova Iorque e Filadélfia disputavam umas às outras os melhores vinhos da Madeira. Vinho do Pico - Açores - (Séc. XVIII) foi largamente exportado para o Norte da Europa e até mesmo para a Rússia. Depois da revolução (1917), foram encontradas garrafas de vinho "Verdelho do Pico" armazenadas nas caves dos antigos czares.

 Rum


O rum é uma bebida alcoólica obtida a partir da destilação do melaço de cana-de-açúcar. O rum é uma bebida secular, de características refinadas e aroma suave.
Originalmente, era produzido em 
Cuba(século XVI). Feito de canas frescas trituradas ou do seu melaço, a bebida começou a ser apreciada no século XVII, quando foi divulgada como um poderoso medicamento capaz até de “exorcizar os demônios do corpo”. Conta-se também que seu alto teor alcoólico (de 40 a 75°GL) o fez famoso entre os piratas do século XIX, os encorajando antes dos combates e servindo como moeda de troca de escravos.
Na verdade, ninguém sabe ao certo onde o rum nasceu, nem quando. Sabe-se, porém, que ele foi o combustível da era dos descobrimentos. Os relatos das grandes expedições estão cercados de rum. Tanto nos navios piratas quanto nos ibéricos de Cabral e Colombo e nos ingleses, a bebida era provimento obrigatório. Atribui-se a isto o fato de o rum ser fabricado e consumido hoje em todo o mundo, até mesmo em países nem um pouco propícios ao plantio da cana de açúcar, sua matéria-prima, como é o caso da Alemanha.
O rum pode ser feito de duas formas diferentes: a agrícola e a industrial. Em ambas, o resultado é uma bebida cristalina. Quanto à cor dourada encontrada em alguns tipos da bebida, deve-se ao envelhecimento em tonéis de 
carvalho ou à adição de corantes caramelo. Os envelhecidos são muito mais caros e, pelo seu sabor peculiar e característico, devem ser consumidos puros ou com gelo.
Classificação

O rum é o principal ingrediente de muitos drinques famosos, como o Cuba Libre e Mojito. É produzido principalmente nas ilhas do 
Caribe. A grande quantidade de países produtores de rum se reflete na gama de variedades da bebida. As principais são:
Rum encorpado: é o rum escuro. Têm corpo e aromas marcantes e é originário da 
JamaicaMartinica,Trinidad e Barbados;
Rum aromático: além do melaço da cana, contém bagos de arroz vermelho. Produzido principalmente na 
Indonésia, é levado para a Holanda e a Suécia para ser engarrafado e utilizado na fabricação do ponche;
Navy Rum: é um dos mais encorpados. Produzido na 
Guiana e em Trinidad e Tobago;
Rum cubano: rum leve, com teor alcoólico de 40°GL, pode ter coloração transparente (para coquetéis) ou dourada;
Rum da Jamaica: o mais forte de todos os tipos de rum. Tem teor de quase 75°GL, e geralmente é exportado para a 
Inglaterra, onde é envelhecido em tonéis de carvalho por muitos anos;
Rum da Martinica: encorpado, é feito do suco da cana no lugar do melaço;
Rum de Barbados: excelente qualidade, é leve e tem sabor acentuado;
Rum de Porto Rico: figura entre os tipos mais famosos de rum, é leve e de qualidade. A marca mais famosa é a 
Bacardi, exportada para todo o mundo, inclusive para o Brasil. O rum Bacardi é leve, bidestilado e utiliza o melaço da cana e também o seu suco.

 Tequila



Produzida na região demarca de Jalisco. A tequila é destilada a partir do coração do Agave Azul (variedade de maguey – babosa). Chega-se a este coração cortando é denominado “piña” poid, se parece com o abacaxi.
A “piña” é então cozida por até quatro dias, depois são moídas e misturadas com água, formando um sucodoce chamado de “miel” que é imediatamente fermentado. As tequilas de qualidade inferior são feitas com 51% de açúcar de agave e 49% de açúcar de cana. Uma vez fermentado, o líquido é bidestilado. O álcool resultante é ajustado com água desmineralizada, para eliminar toda impureza, o liquido é então filtrado em filtros de celulose e carvão ativado.


A tequila pode ser envelhecida ou então é adicionado corante de caramelo para se atingir a coloração desejada.
TEQUILA BRANCA: muito jovem e ardente.
TEQUILA ABOCADO: também muito jovem e dourada com caramelo.
TEQUILA REPOSADO: descansa em carvalho por pelo menos seis meses.
TEQUILA AÑEJO: envelhecida no carvalho por pelo menos um ano que a torna mais suave.


Mezcal

Digamos que seja um tipo de tequila produzida geralmente fora da região de Jalisco e no seu preparo utiliza-se “piña” de Agave azul ou verde. Suas garrafas trazem, normalmente, o “gusano”, um verme que come as folhas do Agave e forma simbiose com a planta. Diz a tradição que quem tomar a última dose da garrafa come o verme em 
seguida.

Pulque

Quando os espanhóis chegaram no México, encontraram esta bebida que era preparada pelos astecas a partir das folhas da babosa (maguey ou mezcal) e a rebatizaram de tequila (local onde a encontraram). O pulque estraga muito rápido, pois é apenas fermentado. A destilação foi introduzida pelos espanhóis, com o passar dos tempos o processo foi evoluindo e a qualidade da matéria prima foi sendo apurada resultando na tequila que conhecemos hoje. Portanto pode se dizer que o pulque é uma versão primitiva da tequila, embora ainda seja tomada no México nos dias de hoje.

 Vodka



Existe uma grande discussão a respeito de a produção de vodka ter se iniciado ou não na Rússia.
No final da década de 1970 as empresas russas produtoras de vodka foram ameaçadas de não mais poderem utilizar o nome vodka em suas bebidas sob o pretexto de que este nome (vodka) seria de uso exclusivo de companhias estrangeiras, uma vez que já produziam esta bebida há mais tempo. Esta alegação se baseava em um decreto do governo russo de 26 de agosto de 1923 autorizando a produção de vodka naquele país, enquanto os outros países já a produziriam desde 1918.
Entretanto, aquele decreto assinalava tão somente a permissão para a retomada da produção de vodka na Rússia, proibida desde 1917, ano da Revolução Russa, quando foi mantida a decisão dos governos czaristas de proibição de produção de bebidas alcoólicas desde 1914, durante a Primeira Guerra Mundial.
Esta questão foi resolvida e as indústrias estrangeiras renunciaram ao título de inventoras da vodka.
Pouco tempo depois foi a vez da Polônia alegar a descoberta e o inicio de produção da vodka. Após a publicação dos estudos realizados pelo historiador russo William V. Pokhlióbkin em seu livro História da Vodka em 1991, parece ter sido reconhecida a condição da Rússia como inventora da vodka.
No entanto, sempre permanecerá uma dúvida sobre a prioridade de um lado ou outro em uma região como o leste europeu. Esta região foi motivo de muitas lutas, conquistas e reconquistas por diferentes grupos políticos e sociais. Isto praticamente impede a identificação de um grupo étnico em particular como inventor da primeira versão da vodka.
Entretanto, "vodka" é indubitavelmente uma palavra nativa russa, cujo surgimento data do século XIV. Como bebida, o nome vodka foi reconhecido internacionalmente como um tipo de destilado.
Quando se analisam a terminologia e a cronologia, se vê que o termo "vodka" foi aplicado a produtos completamente diferentes.
O sentido atual da palavra vodka como o de uma bebida alcoólica forte é conhecido amplamente. No entanto, seu real significado em russo é simplesmente água (vodá , em russo), na forma diminutiva vodka (agüinha). Vodotchka, a outra forma diminutiva de vodá também foi associada a uma bebida alcoólica, porém sem uso comercial.
Os primeiros registros do termo vodka aparecem em dicionários publicados no final do século XIX e início do século XX já com seu significado de bebida alcoólica forte.
Supõe-se que o motivo pelo qual uma bebida alcoólica forte tenha recebido o nome de vodka (agüinha) se deva à importância que os russos davam à água proveniente de suas fontes e rios cristalinos, como base para a produção de todas as bebidas. Daí também porque outras bebidas destiladas no leste europeu terem recebido o nome de "aqua vitae" (água da vida).
O termo vinó, utilizado nos séculos IX ao XIII para designar o vinho de uva, ganha novo significado a partir do século XIV, após o aparecimento de uma bebida forte com características embriagantes. Assim, se supõe que a vodka tenha aparecido antes que seu nome surgisse.
Nos séculos X e seguintes, além do vinho de uva, uma outra bebida chamada hidromel, produzida a partir da fermentação do mel, também se tornou importante. Era a principal bebida consumida pela população russa, de fácil produção e fartamente disponível.
Mais tarde, por volta do século XV, o mel, enquanto matéria-prima para a produção de bebidas, se tornou escasso. Assim, encontrou-se nos cereais a matéria-prima mais barata e disponível para a produção local de bebidas alcoólicas, principalmente alguns tipos de cerveja, chamados kvas, sikera, ol ou pivo.
Desta forma, pode-se afirmar que na Rússia, entre os séculos IX e XIV, havia cinco tipos de bebidas alcoólicas:
1. o vinó - vinho de uva2. o hidromel - fermentação do mel3. a beriozovita - fermentação da bétula4. o kvas - cerveja comum5. o ol - cerveja forte
O kvas e o ol eram produzidos a partir da fermentação artificial de cereais - centeio, cevada e aveia.
Entre os séculos XV e XVI novas bebidas feitas a partir da destilação de cereais fermentados surgiram, todas recebendo nomes semelhantes aos das bebidas já conhecidas. Tratava-se portanto da primeira bebida de cereal obtida pela destilação do produto da fermentação de cereais ricos em açúcar e amido. Os registros apontam o ano de 1386 como um provável marco na origem da palavra vodka quando se conheceu a "aqua vitae" trazida de Kafa, colônia genovesa na Criméia, por um embaixador genovês em visita à Lituânia. Como a bebida fosse forte, a sua diluição em água pode ter originado o termo vodka para tal mistura.

 

Absinto

Absinto com torrão de açúcar
"Absinto" é uma bebida feito da erva Artemisia absinthium. Anis, funcho e por vezes outras ervascompõem a bebida. Ela foi criada e utilizada primeiramente como remédio pelo Dr. Pierre Ordinaire, médico francês que vivia em Couvet na Suíça por volta de 1792.
É por vezes incorretamente chamado de licor, mas é na verdade uma bebida destilada.
O absinto foi especialmente popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915, tendo ganho alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente de fada verde em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Vincent van Gogh, Oscar Wilde, e Aleister Crowley eram adeptos da fada verde.

Aparência e consumo
Rótulo com a graduação alcóolica do Absinto.
Tem geralmente uma cor verde-pálida, transparente ou, no caso de envelhecido, castanho claro. Apresenta uma porcentagem de álcool altíssima (53,3 % a 68 %).
Para apreciação de novos sabores, era servido com torrão de açúcar e láudano, este último um opióide. Sem o láudano, atualmente pode ser consumido com água, que reduz a graduação alcóolica da bebida. Desta forma, sobre o copo com a bebida é colocada uma colher perfurada que sustenta o torrão de açúcar, e por onde passará a água gelada que será vertida lentamente sobre o torrão.
Recentemente no Brasil foi legalizada a sua venda, porém teve de adaptar-se à lei brasileira. Seu teor alcoólico é de 53,5 ºGL e não contém losna (Arthemisia absinthium).

 Whisky



A palavra whisky vem de uisge, que é uma forma abreviada de uisge beatha, gaélico para água da vida.
Antes do século XIIIV os escritores o definiam como usquebaugh ou aqua vitae.
A produção de uísque na Escócia provém de várias tradições que foram introduzidas por São Patrício da Irlanda no século IV ac., e a destilação era feita por indígenas nas terras altas, segundo o relato que a história traz, mesmo que sejam eles muitos vagos.
Foram achados documentos sobre a destilação na Escócia que remontam ao século XV, nos Royal Exchequer Rolls (Registro do Tesouro Público) que datam de 1.494 e descrevem a venda de 500 Kg de malte para um Frade de nome John Corr para produzir a aqua vitae.
Ou seja que nos seus começos, sua produção estava ligada aos monastérios, que usavam o licor produzido com ervas e especiarias, para fins medicinais, por isso era conhecido pelo nome de aqua vitae. Em 1505 o Guild of Surgeon Barbers (Clube de Barbeiros e Cirurgiões) obteve o direito exclusivo da destilação em Edimburgo.
Pela Escócia estar cheia de lagos, enseadas, altas montanhas e sofrer chuva freqüente, o uso moderado de bebidas alcoólicas tem sido considerado refrescante e até certo ponto necessário. 
Havia poucas destilarias profissionais nos séculos XVII e XVIII, e até 1.820 a destilação era uma atividade quase doméstica. Fabricavam a sua própria bebida na maioria das granjas rurais de terras altas em seu alambiques privados uisage beatha.
Era muito importante para a economia rural, já que desta maneira a cevada que sobrava após a destilação, era dada para o gado como alimento de muita importância. O uísque não era utilizado só para o consumo caseiro, também como uma moeda líquida de grande valor.
Era muito importante para uma sociedade de pessoas pobres das terras altas, onde o clima inclemente de um país do norte, era muito impiedoso.
A produção de uísque de malte era uma extensão do ano agrícola. A época começava em agosto ou setembro, quando haviam terminado a colheita de cevada e continuava durante o inverno até final de abril. Muitos trabalhadores das destilarias se dedicavam a cortar a turfa para a estação seguinte, mas parava a produção durante o verão, chamada a época silenciosa.
O whisky é feito só com os ingredientes escoceses mais elementares: - água e cevada (normalmente malteada com turfa). O amadurecimento depende muito do clima marítimo e norte. Inclusive o whisky é o sangue da Escócia, histórica, social e economicamente. O whisky e a liberdade andam juntos escreveu Robert Burns, o poeta nacional da Escócia.
É a bebida da chegada e da despedida, e muito mais entre os dois. Se celebram os nascimentos, os hóspedes da casa, com uma dose.
Na época quando era muito difícil viajar grandes distâncias, sempre se tinha uma jarra de uísque à mão para qualquer comerciante ambulante.
Contratos de negócios eram selados com uísque. Todos os tipos de enfermidades eram tratados com uma dose, desde a mudança de dentes das crianças, até gripes e resfriados (e a famosa doença que mata... a dor de cotovelo).
Se oferecia para os hóspedes um deoch an doruis (uma para o caminho) quando partiam. Os velórios eram celebrados com grandes quantidades de uísque. (era muito comum depois de alguns doses, se esquecerem de quem era o morto.)
Mas o que impressiona e assombra são os dados que o whisky representa para o Reino Unido, onde deixa claro que é vital este produto para a economia Inglesa:
É uma das exportações mais importantes, ganha mais de £2.3 bilhões superando a maior parte da indústria de comida e bebida no Reino Unido, que contribui com £1.9 bilhões para a balança comercial.
E hoje depois de ver estes dados que podemos entender o porque do Striding Man, com seu singular chapéu de aba e bastão, figura de marca criada há quase 90 anos por um singular caricaturista da época, John Browne, a pedido de Alexander Walker, neto de John Walker, fundador da companhia, que desejava uma imagem que evocasse a memória de seu avô transmitindo por sua vez uma sensação de progresso e e força de espírito.
Foi há mais de 170 anos John Walker se propôs o objetivo de misturar o uísque escocês perfeito, um whisky cujo sabor e intensidade não tiveram igual. Apresentado em 1909 por Sir Alexandre Walker baseando-se no êxito do Old Highland Whisky de seu avô, Johnnie Walker Red Label foi a primeira marca realmente global de whisky escocês, vendido em mais de 120 mercados mundiais ao finalizar a 1ª Guerra Mundial.
Johnnie Walker Red Label, é o uísque escocês mais popular e consumido no mundo e hoje está disponível em mais de 200 países e vende mais de 10 milhões da caixas de 9 litros, ao ano. E mesmo tendo irmãos de 12 e 18 anos sublimes, não tem deixado de ganhar prêmios que reconhecem a sua excelência, como medalha de Ouro e Grande Ouro na seleção de Le Monde, categoria de Whiskies Blends no Concurso Internacional de Vinhos e Espirituosos.
A marca Johnnie Walker é propriedade de Diageo, formada como resultado da fusão de GrandMet e Guinness. Diageo conta com uma força de trabalho de 85.000 funcionários em todo o mundo. Além de Johnnie Walker, a a Diageo tem as marcas Smirnoff, J & B, Gordon´s, Pillsbury e Burger King.
Mas indo de encontro à história, podemos dizer que John Walker começou o seu negócio em 1820. Seu neto, Alexander Walker, herdou as habilidades de seu avô para o Blending (mistura), assim como suas preferências de gosto. Estabeleceu o seu negócio em Kilmarnock no oeste da Escócia, os whisky de malte e de grão eram engarrafados separados e quase não existia mercado fora da Escócia.
Durante o resto do século o whisky escocês ganhou fama internacional. A base desta revolução era a arte da mistura (blending) em que John Walker era um dos pioneiros. Os Whiskys de malte, são iguais ao vinho, podem variar de um ano para outro, e a meta para John era conseguir um sabor constante na mistura e uma qualidade uniforme, ano após ano.
No entanto quando os seus experimentos chegaram ao fim, descobriu que através do blending, podia conseguir uma profundidade incansável no sabor dos maltes o que tornava a "aqua vitae", única no mundo em seu sabor.
Os whiskies favoritos de John eram os da ilha de Islay. Estes eram poderosos em caráter e sabor. A intensidade e riqueza do whisky blend resultante das misturas, refletia a sua preferência pessoal. Seu neto Alexander continuou a tradição para produzir blending poderosos, sua filosofia era, segundo as suas próprias palavras:
fazer nosso uísque de uma qualidade tão superior que ninguém no mercado chegará a nos fazer frente.
Dizem os amantes e cultuadores da bebida, que os whisky blend, assim como as pessoas, tem caracteres individuais. Alguns são suaves e brilhantes por si só, mas podem ter falta de caráter, e tem outros que tem força, mas que não chegam a alcançar o grande público. Um whisky blend com caráter, é como uma pessoa, deve ser interessante para despertar o interesse por conhece-lo. Se tudo está dito no começo, não ficará nada mais para dizer!
Cebada: - Era chamada de bere no passado. Hoje só se cultiva bere nas ilhas de Orkney. Para a fabricação de whisky se preferem as cevadas modernas, que contém mais amido e tem baixo teor de proteínas.
MALTEADO: - Para transformar o amido em açucares, a cevada se coloca em água e mais tarde se deixa germinar.
PRENSADO: - Quando está pronto se mói e a farinha resultante se lhe dá o nome de grist.
FERMENTAÇÃO: - Após colocar o malte moído (grist), em una caldeira circular de molho, o mash tun se mistura com água quente, para provocar as enzimas do malte a transformar o amido em açúcar, por reação química. O líquido resultante é conhecido como wort. Ele se bombeia em tonéis grandes onde se agrega levedo. Uma fermentação forte, transforma o açúcar em álcool e o liquido que resulta se conhece como wash o wort fermentado.
Destilado: - O wash o wort fermentado é fervido no primeiro alambique e condensado em uma forma chamada low wines, que se destila por segunda vez em outro alambique e de ali, se recolhe um vapor de álcool que com o tempo chegará a ser whisky.
maturação: - O álcool que se tira finalmente do alambique é de uma cor clara que nem vodka. Não pode por força de lei Inglesa, se chamado whisky, ate que não tenha madurado em barris de roble por três anos no mínimo. Neste tempo de maturação, o whisky experimenta um período lento de refinamento, onde descansa e alcança sua qualidade conhecida em cada marca.
riqueza etílica: - O whisky sai do alambique com graduação alcoólica entre 60 e 70% e antes de ser levado aos barris, deve ser emparelhado exatamente aos 65% em todo o lote. Nessa maturação que a maioria dos single malts ou whisky de malta puros, se reduzem outra vez antes de ser engarrafados ate 40% de álcool.
Os whiskies Blends: - O Master Blender (mestre de misturas), seleciona entre 15 y 50 whiskies de malta diferentes e 3 o 4 whiskies de grão. Cada whisky tem seus anos de envelhecimento próprio, sendo que tem alguns que chegam a 25, por isso é muito importante o master Blender levar em conta isso já que seu sabor pode surpreender o sabor dos demais.
Para um blend especial e de bom acabamento, os whiskies devem ser misturados primeiro entre se (malte com malte) e depois (grão com grão), para depois serem misturados todos num blend específico. Após o blend, a bebida deve repousar uns meses para que se produza o casamento entre elas. A consistência do sabor é crucial para o êxito dos whiskies blends. Se sua marca favorita tem um sabor diferente, seguramente a próxima vez, você troque de marca de bebida...
The Blenders Boom: - Ato de Espirituosos de 1860 do governo Britânico permitiu aos Blenders, poderem registrar uma marcam de seus blendings e com isso acresceu e muito a produção do whisky.
Os victorianos: - Na época victoriana entre o ano de 1.870 e o final do século, um punhado de Escoses promoveram seus whiskies em Londres e depois no resto do mundo. Muitos deles ficaram ricos e por resultado foram elevados a nobreza inglesa, pela rainha Victória:
James Buchanan (O blend Buchanan E Black & White') CHEGOU a ser Lord Woolavington.
Tommy Dewar ('Dewar's White Label') O TRANFORMARAM NO Barão Dewar de Homestall e seu irmão John, NO Lord Forteviot.
Peter Mackie (White Horse) LHE CONCEDERAM O TÍTULO DE BARÃO.
Alexander Walker (Johnnie Walker) LHE CONCEDERAM O título de Sir.
O Vastetrix - A desgraça de uns, o beneficio para outros. O Vastetrix, era um inseto, que devastou as videiras da França entre 1.860 y 1.880 e significou o desaparecimento do champagne, conhac e brandy (LEIA A HISTÓRIA NO PORTAL SDR).
Foi assim diante da falta total por quase 20 anos dessas três bebidas, o whisky expandiu sem precisar enfrentar resistência ou brigar com ninguém.

Produção do Whisky

Para se obter o whisky são necessárias várias etapas: maltagem, moagem, maceração, fermentação, destilação e envelhecimento.
Maltagem:
A cevada é mergulhada em água fria de 48 a 60 horas. O grão estufa e na seqüência é espalhado em finas camadas por uma superfície plana. Remexe-se o cereal continuamente, homogeneizando a temperatura dos que ficam embaixo com os de cima.
Quando os brotos do malte começam a crescer, sabe-se que os níveis de açúcar contidos no cereal estão no ponto certo. Nesse momento é preciso secá-lo antes que cresça mais. Nesse estágio, o cereal é denominado de malte verde.
O cereal é secado no forno com o vapor quente originado do fogo provocado na parte inferior. A turfa é acrescentada a esse fogo, agregando um sabor defumado ao malte.
Moagem:
Para extrair a maior quantidade de substâncias fermentáveis dos cereais, os grãos são esmagados utilizando-se martelos hidráulicos ou moendas rolantes. Quanto mais fina for a farinha obtida, mais álcool se obterá.
Maceração:
A farinha é colocada em infusão na água quente, operação que libera o açúcar da cevada e forma um líquido denominado mosto. O processo é realizado em um grande destilador circular de aço inoxidável.
Nas destilarias de malte, o líquido obtido escorre pelas estreitas fendas do tonel de trituração, fazendo a separação do mosto e dos sólidos. O mosto vai para a fermentação e os sólidos são retirados e usados como ração de gado.
Fermentação:
É a fase em que se acrescenta lêvedo ao mosto, que está mantido a uma temperatura de cerca de 70ºC, em grandes recipientes de madeira ou aço inoxidável. O lêvedo começa a fermentar e a mistura libera gás carbônico e espuma.
Para que a espuma não transborde, as destilarias usam tampas e uma pá rotativa. O açúcar é transformado em álcool que, em um período de 40 a 72 horas, produz uma bebida fermentada doce, quente e turfosa, com um grau alcoólico entre 8 e 9%.
Destilação:
Através de tubos, a bebida fermentada vai para os alambiques para passar por duas destilações. O destilado, chamado de vinho baixo, possui cerca de 20% de álcool e está pronto para o segundo alambique.
O alambique de segunda destilação é menor. As várias formas de alambique determinam a composição e o sabor final do destilado. Aplica-se calor no alambique de segunda destilação e os vinhos baixos fervem, condensando e recolhendo os vapores.
Não se aproveita toda a porção destilada. Somente a parte do meio é encaminhada para o recebedor de bebidas. Nesse momento o destilado chega a ter 68% de álcool e ao final da destilação esse nível vai diminuindo. As partes voltam para a lavagem seguinte até atingirem o ponto ideal.
A bebida que resulta da segunda destilação é totalmente incolor. É acrescentada mais água pura até chegar a 63,5% de álcool. O destilado está ponto para o envelhecimento em tonéis de carvalho, onde adquirirá cor e sabor característicos.
processo de producao de whiskyEnvelhecimento:
Pelo longo tempo que o whisky fica envelhecendo nos barris, a bebida absorve o ar e perde algum volume e força. Para os escoceses, essa perda, cerca de 2% do conteúdo dos barris, representa a parte destinada ao felizardo "anjo".
Fatores Naturais para a produção de Whisky
Os deuses da natureza colocaram cinco importantes atributos, com muito carinho, nas regiões da Escócia: água, cevada, clima, turfa e urze. E esses cinco atributos é que fazem do Scotch Whisky uma dádiva exclusiva desse país.
fatores naturais da escocia para a producao de whisky Água:
Sem água não haveria Whisky. É o único elemento não-negociável. E na Escócia existem mais de 100 mil fontes de água puríssima e límpida, todas ideais para a fabricação do whisky.
As melhores destilarias estão situadas em regiões onde a incidência de chuvas é acentuada. Os destiladores aprenderam a reverenciar a chuva. Afinal, ela é o ponto de partida para a produção do whisky.
As águas que gozam de maior prestígio na Escócia são as que se encontram na Ilha de Islay. Essas águas percorrem longas extensões de turfa pantanosa que, impregnadas desse elemento, se tornam especiais para a fabricação de whisky.
fatores naturais da escócia para a produção de whiskyCevada:
Os antigos egípcios já utilizavam a cevada na fabricação da cerveja, mas existem histórias de que esse cereal já era cultivado pelo homem entre 5 e 10 mil anos atrás.
Clima:
A Escócia tem as condições climáticas ideais para a produção de whisky. A temperatura e a umidade provenientes das chuvas colaboram para seu envelhecimento.
melhores fatores para o scotch whiskyTurfa:
Há milhões de anos, nas terras onde hoje é a Escócia, existia uma grande floresta densa. Com o tempo, as árvores, arbustos e flores dessa floresta foram se decompondo, o que fez surgir um material orgânico chamado turfa.
A turfa é inflamável e seu fogo produz poucas labaredas e muita fumaça. Utilizada no processo de secagem do malte, essa fumaça se impregna na cevada e dá um sabor característico de defumado.
Urze:
Típicas dos campos montanhosos da Escócia, as urzes, conhecidas também como Heather, são pequenos arbustos com florzinhas coloridas e perfumadas. A água da chuva escorre pelas urzes, se impregna de perfume e escorre sobre a turfa, proporcionando aromas e sabores muito especiais.

Regiões Produtoras de Whisky


A Escócia possui várias regiões produtoras de whisky. As mais conhecidas são: Lowlands, Campbeltown, Islay, Highlans e Speyside.
Lowlands:
Nas terras baixas ao sul da Escócia é onde se produzem os single malts mais leves e suaves. De sabor adocicado, agrada inclusive ao paladar feminino. As lowlands possuem três destilarias.
Características do whisky: delicado - leve - doce
Campbeltown:
Por estarem próximas do mar, as turfas dessa região recebem muita influência do fenol e iodo provenientes das brisas marinhas. O whisky de Campbeltown é forte e encorpado, mas de sabor generoso e atraente. Atualmente, tem duas destilarias, mas antes da guerra chegou a possuir cerca de 30.
Islay:
É uma bonita ilha da costa oeste da Escócia, que produz um whisky com estilo e personalidade diferenciados. Ao provar o whisky de Islay - pronuncia-se "Aila” - , não existe meio-termo: ou se detesta ou se apaixona por ele.
Todo legítimo blended whisky escocês possui em sua composição o single malt proveniente da Ilha de Slay.
A Ilha de Islay possui cinco mil habitantes e oito destilarias. Dá uma média de uma destilaria para 625 pessoas.
O Malt Whisky em Islay possui características excepcionais e é facilmente identificável. O aroma defumado torna-o seco e tão forte que muitos apreciadores afirmam que sentem o sabor de iodo das algas marinhas.
É a única ilha da Escócia que se orgulha de produzir um tipo de whisky que leva seu nome. Seus whiskys são conhecidos simplesmente por Islay Single Malt.
Características do whisky: salgado - defumado – medicinal
Highlands:
O whisky das terras altas, ao norte da Escócia é o mais reverenciado e conhecido em todo o mundo. É a maior região produtora de whisky escocês e onde se mistura e engarrafa.
Romântico, suave, frutado, admirável e glorioso. Essas são algumas das expressões dos especialistas em relação ao whisky produzido nas Highlands.
Muitas destilarias exibem em seus rótulos a classificação "Highland Malt Whisky". Isso serve para reforçar a excelência de um produto fabricado nessas terras abençoadas pela natureza.
Características do whisky: frutado - temperado - aromático
Speyside:
Também localizada nas terras altas e nordeste da Escócia, essa região é abastecida pelo Rio Spey e seus oito afluentes. Abriga enorme quantidade de destilarias ao redor de quatro principais cidades: Rothes, Dufftown, Elglin e Keith.
Região famosa por produzir os melhores maltes da Escócia. 50% das destilarias da Escócia concentram-se nesta região.
Características do Whisky: perfumado - frutado – floral.




Existem 3 tipos de Scotch Whisky, de Malte, Grão e Blended. Suas características principais são:
WHISKIES DE MALTE - 1494
- Principal característica de sabor para os blended whiskys;
- Engarrafados como single malts;
- Destilação em alambiques de cobre;
- Existem cerca de 90 destilarias de whiskys de malte na Escócia, sendo 42 delas em Speyside.
WHISKIES DE GRÃO - 1830
- São praticamente só utilizados na composição dos blended whiskys;
- Mais leves e delicados;
- Capacidade de produção 20 vezes maior que a produção de whiskys de malte;
- Destilação contínua;
- Existem 8 destilarias de whiskys de grão na Escócia, só uma ao norte.
BLENDED WHISKIES - 1860
- Combinação de whiskys de grão e whiskys de malte, de diversos tipos e idades, de diversas regiões do país;
- O blending acontece depois da maturação de cada um dos whiskys de grão e de malte;
- A pessoa responsável por esta mistura é o Master Blender, cargo máximo das destilarias de whiskys;
- O propósito da mistura de whiskys é criar um sabor mais rico, macio e suave.

Single Malt:
Feito só de cevada, não contendo nenhum tipo de mistura e fabricado em apenas uma destilaria.
Vatted:
Formado pela mistura de dois ou mais singles e maltes.
Grain:
Produzido com cereais como milho ou trigo e alguns de centeio.
Blended:
É o whisky mais globalizado. Seu sabor e identidade são o resultado da mistura de whisky de malte e de grão.
- O processo de Triple Blending garante a suavidade que nenhum método consegue igualar:
I. Whiskys de malte são misturados com whiskys de malte;
II. Whiskys de grão são misturados com whiskys de grão;
III. Whiskys de malte e grão são misturados e armazenados por mais um tempo (cerca de 6 meses) em barris de carvalho. Esse método permite que haja um casamento perfeito entre os whiskys.
Este processo gera um whisky super premium de qualidade insuperável e características próprias e específicas.

Classificação do Whisky


O whisky caracteriza-se por um conjunto de dimensões precisas. Uma análise atenta no rótulo de qualquer marca de scoth permite identificar o produto:
- Por Cereal utilizado: Apenas cevada maltada (MALTE) ou de mistura de varios cereais tais como o milho, trigo, aveia, centeio, cevada maltada e/ou não maltada (BLENDED) para os escoceses.
- Por Destilaria de produção: uma única (SINGLE) ou várias destilarias (VATTED)
Portanto o Whisky pode ser:
Single Malt:
feito só de cevada, não contendo nenhum tipo de mistura e fabricado em apenas uma destilaria.
Vatted:
formado pela mistura de dois ou mais singles maltes.
Grain:
produzido com cereais como milho ou trigo e alguns de centeio.
Blended:
é o whisky mais globalizado. Seu sabor e identidade são o resultado da mistura de whisky de malte e de grão.

Categoria de Whiskies


SCOTCH
A maioria absoluta dos scotches bebidos no mundo é de blends, ou seja, mistura de uísques destilados em alambiques.
BOURBON
O Bourbon americano, por exemplo, é um destilado de milho; ele deve conter pelo menos 51% de milho, mais geralmente tem 60% a 80% deste cereal e o restante de pequenas proporções de cevada e centeio.
TENESSEE WHISKEY
O uísque Tenessee, produzido no Estado americano de mesmo nome tem pelo menos 51% de cereal em sua composição.
RISH WHISKY
O Irish Whiskey, o uísque irlandês, onde é usado o carvão para aquecer o malte em seus alambiques, material este que não exerce influência sobre o sabor da bebida.

Como Identificar um bom Whisky


SELO DO IPI - Toda bebida importada destilada, como uísque, vodca, conhaques, brandies, licores, Steinhager, tequilas, gin, aguardentes, e champanhes - da região do mesmo nome na França - devem sempre conter o selo de IPI na cor vermelha. O referido selo, em papel-moeda, é numerado e impresso pela Casa da Moeda.
SELO DO IMPORTADOR - Toda bebida, seja ela nacional ou importada, tem sempre na parte de trás da garrafa uma etiqueta ou rótulo com o nome do importador ou fabricante, contendo inclusive algumas informações como: composição do produto e data de validade.
Não existe um teste para bebedores normais do tipo: balançar a garrafa e ver as bolhas, tentar sentir o aroma do malte e outros que existem por aí, que autentique a origem do Whisky. O ideal é adquirir suas garrafas de locais de procedência conhecida.

Whiskies Nacionais

W. C. Chanceler
W. Davy's
W. Old Master Blended
W. Old Red
Whisky Bells
Whisky Blended O Monge
Whisky Blenders Pride
Whisky Blue Macaw
Whisky Cockland Pocket
Whisky Drurys
Whisky Gold Cup
Whisky Gran Par Blend
Whisky Long John
Whisky Malte Barrilete Blended
Whisky Mark One
Whisky Natu Nobilis Celebrety 12 Anos
Whisky Old Eight
Whisky Teachers
Whisky Teachers Petaca
Whisky Tillers
Whisky Black Jack
Whisky Horses Neck
Whisky Natu Nobilis
Whisky Passport
Whisky Teachers Licorera

Whiskies Importados

Whisky Ballantines 30 Anos Old
Whisky Ballantines 12 Anos Old
Whisky Ballantines Finest 8 anos
Whisky Ballantines Very Old 17 Anos
Whisky Blantons Original Bourbon
Whisky Buchanans 12 anos
Whisky Buchanans 18 anos
Whisky Chivas Regal 12 anos
Whisky Chivas Regal 18 anos
Whisky Cragganmore Single Speyside Malt 12 anos
Whisky Dalwhinnie 15 anos
Whisky Dewars White Label
Whisky Dimple Luxo 15 anos
Whisky Glen Grant Single Malt
Whisky Glenfiddich Ancient 18 anos
Whisky Glenfiddich Solera 15 anos
Whisky Glenfiddich Special Reserve 12 Anos
Whisky Glenkinchie The Edinburgh Malt 10 anos
Whisky Glenlivet 12 Anos
Whisky Glenmorangie
Whisky Glenvilet 18 Anos
Whisky Grand Macnish 8 anos
Whisky Grand Old Parr 12 Anos
Whisky Grants Family Reserva
Whisky J & B Reserve 15 Anos
Whisky J&B Rare 8 Anos
Whisky Jack Daniels
Whisky Jack Daniels
Whisky Jack Daniels Gentleman Jack
Whisky Jack Daniels Single Barrel
Whisky Jameson STD Irlandes 8 Anos
Whisky Glenmorangie
Whisky Glenvilet 18 Anos
Whisky Grand Macnish 8 anos
Whisky Grand Old Parr 12 Anos
Whisky Grants Family Reserva
Whisky J & B Reserve 15 Anos
Whisky J&B Rare 8 Anos
Whisky Jack Daniels
Whisky Jack Daniels 750ml
Whisky Jack Daniels Gentleman Jack
Whisky Jack Daniels Single Barrel
Whisky Jameson STD Irlandes 8 Anos
Whisky Jim Beam Black
Whisky Jim Beam White
Whisky Johnnie Walker Black Label 12 Anos
Whisky Johnnie Walker Blue Label
Whisky Johnnie Walker Gold Label 18 Anos
Whisky Johnnie Walker Green Label Pure Malt
Whisky Johnnie Walker Red Label
Whisky Johnnie Walker Swing 15 anos
Whisky Logan 12 Anos
Whisky Royal Salute 21 Anos
Whisky Sir Edwards Finest
Whisky Something Special DC
Whisky Talisker The Only Single Malt Scotch 10 anos
Whisky The Famous Grouse Finest
Whisky The Famous Grouse Gold Reserve 12 anos
Whisky The Macallan
Whisky White Horse 8 Anos
Whisky William Lawson's
Whisky Ballantines Finest 8 anos
Whisky Cutty Sark 12 anos
Whisky Cutty Sark 8 Anos
Whisky Glenvilet 15 Anos
Whisky Grants Premium 12 anos
Whisky Jameson 12 Anos
Whisky Laphroaig Single Malt
Whisky Puro Malt Lagavulin 16 Anos
Whisky Puro Malt Oban 14 Anos
Whisky The Famous Grouse Vintage Malt 12 anos


Drinks e Coquetéis

Americana
King cole
Penélope
Screaming Orgasm
RedMix
Whisky on the rocks
Coquetel de Pêssego com Champanhe
Manhattam
Batida Whisky
Drink Fleixeiras
11th drink
Leite Quente com Whisky
Shot Bazooka Joe
Coquetel Alexander Young
Ancoras Aweigh
Coquetel Jack Damasco
Coquetel Kiss Damasco
Coquetel Aquarius
Coquetel Arizona Jim
Coquetel Assassin
Coquetel Avril
Horse Baía
Beam me Up
Bedroom Farce
Jo Beegee
Belfast Carbomb
bellamy escocês
Bermudas Coquetel


Conheça o whisky mais caro do mundo


Macallan Collection, 1926
3.000 € por shot
O rolls royce dos whiskies é o The Macallan, safra 1926, envelhecido 60 anos nos melhores barris e vendido por U$ 23 mil libras. O mais antigo e procurado whisky tem sessenta anos de idade e pertence à mais rara colecção da Macallan, já totalmente vendida.

Contudo ainda é possível provar esta raridade em Atlantic City, num hotel-casino chamado Borgata Hotel Casino & Spa in Atlantic City, N.J, na sua casa de bifes sendo o preço por um shot de whisky de 3.000 € .

História Jack Daniels

Ao longo dos anos, muito já foi dito sobre Jack Daniel e o whiskey que ele criou. Para ajudá-lo a entender as origens de todos esses fatos e personagens, incluímos um pequeno histórico para seu deleite. Você ficará sabendo de tudo...
Você conhece Jack?
Jack Daniel, um de 13 filhos, nasceu em 1850. Foi criado por um amigo da família até ser contratado para trabalhar com a família de Dan Call, quando tinha sete anos. Call, um pastor luterano, também era dono de um alambique de whiskey no Rio Louse.
Durante os vários anos que se seguiram, Jack aprendeu tudo que pôde sobre a fabricação de whiskey com Call. Então, em setembro de 1863, cada vez mais pressionado a dedicar a vida a elevar os espíritos em vez de vendê-los, Call vendeu a destilaria a Jack, que só tinha 13 anos na ocasião. Jack Daniel, como Dan Call, acreditava em amadurecer o whiskey novo através de carvão de bordo. Embora o processo fosse amplamente empregado, o tempo e as despesas envolvidos o tornavam menos popular entre os sovinas produtores de whiskey. Mas Mr. Jack achava que isso era essencial, assim, ele aperfeiçoou o processo de amadurecimento por carvão nos idos de 1866. Até hoje, é isso que dá ao Jack Daniel's seu caráter suave e gosto único. Prevendo a taxação do governo, Mr. Jack registrou sua destilaria em 1866. Ele foi o primeiro a fazer isso. Criando a mais antiga destilaria registrada do país. Embora medisse apenas 1, 57 m, a estatura de Mr. Jack como destilador continuou crescendo. Para marcar seu 21º aniversário, Jack foi às compras na cidade. Ele voltou usando uma casaca na altura do joelho e um chapéu de aba larga, que se tornariam seu uniforme diário para o resto da vida. Os que o conheciam afirmam que “uma vez que ele conseguia algo do jeito que queria, ele não o trocava nunca". Essa era a personalidade que caracterizaria o seu whiskey. Em 1904, Mr. Jack inscreveu seu whiskey de dugustação do Tennessee Old No. 7 na Feira Mundial de St. Louis, Missouri. Entre os 20 whiskeys de todo o mundo, o dele recebeu a Medalha de Ouro da Feira Mundial e foi celebrado como o melhor whiskey do mundo. Por volta de 1905, Mr. Jack chegou cedo ao trabalho um dia e tentou abrir o cofre de seu escritório. Ele não conseguia lembrar a combinação e então chutou o cofre com raiva. No golpe, quebrou um dedo e uma infecção se instalou. Ele acabou morrendo de envenenamento do sangue em 1911. Como Jack Daniel nunca se casou nem teve filhos, ele deixou sua destilaria para um sobrinho muito trabalhador, Lem Motlow, que dirigiu a destilaria durante a Lei Seca. Quantos anos tem Mr. Jack? Um incêndio na cidade destruiu os registros do cartório e datas conflitantes nas lápides de Mr. Jack e de sua mãe deixam em dúvida a data exata de nascimento de Mr. Jack. A única certeza é de que foi no mês de setembro. Mas, de qualquer modo, para um ícone americano como Mr. Jack, um dia só não bastaria para celebrar sua vida.

Premiações
É bom ser reconhecido por seu trabalho. E ao longo dos anos, a Jack Daniel Destillery foi agraciada muitas vezes por seu excelente whiskey do Tennessee. Basta olhar qualquer garrafa de Old No. 7 e você verá a lista de Medalhas de Ouro que recebemos pelo nosso whiskey.


História do Grants


Conheça nossa história
Na William Grants & Sons, a paixão pela produção do melhor Scotch Whisky mantém-se a mesma desde o dia de Natal de 1887, quando a primeira gota de Whisky correu na destilaria de William Grant.A história do Clan Grant pode ser traçada desde o século XIV, altura em que migraram para Speyside - agora o centro da produção de whisky - onde lhes foram oferecidas terras, como recompensa pelos serviços prestados ao serviço do rei James VIII na rebelião de 1745.. Sobreviveram à batalha de Colluden,a última batalha militar a ser travada em solo britanico, mas derrotadose forçados a fugir, encontraram esconderijo em Banffshire onde foram abrigados por um elemento do Clan Grant.Um dos que lá encontrou abrigo foi Alexander Grant, cujo bisneto, William Grant, viria a ser o fundador da Wiliam Grant & Sons.Nascido a 19 de Dezembro de 1839, Foi graças a um professor seu - John MacPherson - que William Grant largou o trabalho do campo e se dedicou aos estudos, os quais se mostraram uma excelente pedra base para maiores feitos. Começou a trabalhar numa destilaria em 1866. Primeiro como escriturário e mais tarde, graças à pericia e conhecimentos demonstrados, como administrador.
Os inúmeros prémios de excelência e o reconhecimento internacional que detém, são prova do seu compromisso com a excelência assim como da dedicação e empenho de todos os que lá trabalham e que servem de inspiração a tudo o que está por trás de um dos melhores whiskies do mundo - O whisky Grant's.A William Grant & Sons foi recentemente premiada com o prémio de melhor destilaria do mundo pela terceira vez, facto inédito na história do Whisky.


A Família Johnnie Walker



A JOHNNIE WALKER tem uma história de determinação que se estende por três gerações de uma família. Cada geração compartilhou da mesma paixão pela fabricação e destilação do uísque. Johnnie era filho do fazendeiro, Alexander Walker, que morreu em 1819, e o rapaz, então com 15 anos, era muito novo para continuar tocando a fazenda da família.
Com a venda da fazenda, John abriu uma pequena loja em 1820 na cidade de Kilmarnock, localizada no oeste da Escócia, investindo £417 no novo negócio. O pequeno estabelecimento vendia chás, vinhos, bebidas e comidas secas, começando a desenvolver uma clientela de alta reputação. Enquanto isso, o mercado de uísque estava mudando no mundo inteiro. As destilarias, muitas delas ilícitas, começaram a se profissionalizar e Johnnie viu uma grande oportunidade de ingressar nesse ramo de atividade, começando a destilar seu próprio uísque. Utilizando toda sua habilidade, iniciou a produção, vendendo o produto para seus clientes, que logo começaram a exigir um nome para o uísque. Foi neste momento que o uísque ganhou o nome de JOHNNIE WALKER. Em 1857, o filho de John, Alexander, assumiu os negócios da família com a morte de seu pai.
Em 1865 surgiu o percussor do Black Label chamado Walker Old Highland Whisky, mediante a combinação de cerca de 40 dos melhores maltes e uísques de grãos escoceses, envelhecidos por, no mínimo, 12 anos. Em 1867, criou a etiqueta para o uísque, muito parecida com a etiqueta atual do Black Label. Em 1876, conseguiu registrar como marca, o modelo da tradicional garrafa quadrada, introduzida em 1870, e as cores preta e ouro das escritas de seu rótulo. Em 1880, abriu escritório na cidade Londres, por onde exportava seu produto para o resto do mundo. Quando Alexander morreu em 1889, deixou o negócio para seus dois filhos, George e Alexander. Alexander ficava responsável pela produção dos uísques e George viajava o mundo estabelecendo uma rede de distribuição. Em 1920, podia-se encontrar os uísques Johnnie Walker em 120 países. Nas décadas de 30 e 40, investiu no setor de distribuição para popularizar ainda mais a marca pelo mundo.
O resto da história é o sucesso de uma marca que se espalhou pelo mundo.


A linha do tempo
1909
Quando George e Alexander Walker perceberam a oportunidade de desenvolver uma marca global no início do século XX, foi criado Johnnie Walker Red Label, um uísque destilado 8 anos e antes conhecido com Very Special Old Highland Whisky, que possuía uma seleção inigualável de maltes em sua composição, garantindo assim sua superioridade. Eram mais de 35 tipos, tendo como principal o Cardhu, reconhecido malte das Terras Altas da Escócia (Highlands).
Johnnie Walker Black Label (um uísque destilado 12 anos e antes conhecido como Extra Special Old Highland Whisky) foi criado em virtude da demanda, no mercado internacional, por uísques com características mais suaves. Foi o primeiro a carregar a afirmação de ser 12 anos no seu rótulo, pois os mais de 40 maltes utilizados na sua composição são envelhecidos por, no mínimo, 12 anos. Em 1920, já era distribuído em mais de 120 países, alcançando uma qualidade inigualável.
1932
Com a intenção de a garrafa acompanhar o movimento do mar, Alexander Walker II criou o Blend Swing (envelhecido 15 anos), inspirado na receita do Johnnie Walker Black Label.
1992
Lançamento no mercado dos uísques Blue Label (feito a partir de uísques raros e envelhecido 21 anos) e o Gold Label (18 anos).
1997
Lançamento no mercado do uísque Green Label (puro malte e envelhecido 15 anos).
Uma jóia rara
Johnnie Walker Blue Label Baccarat é o resultado de uma parceria histórica entre a mais tradicional Cristallerie do mundo e a mais renomada família produtora de uísque. Nessa edição especial e limitada, o Blue Label se apresenta num decanter Baccarat, com design que remete ao frasco de um perfume. Assim como um frasco de perfume reúne as notas mais marcantes de uma fragrância, o Blue Label Baccarat é uma versão especial da bebida, mais intensa e concentrada. O design exclusivo Baccarat possui características que ressaltam o sabor do uísque. Essa preciosa garrafa vem numa caixa de couro azul, com um livro que conta as origens do Blue Label. Na sua composição, o master blend mistura os maltes mais raros e de características mais marcantes da Escócia. Não existe um número exato de maltes e nem idade mínima de envelhecimento. Com edição mundial limitada de 4 mil unidades o produto é vendido hoje pelo valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), distribuídas para 20 países. A preciosidade foi lançada no Brasil em novembro de 2005.
Striding Man
O famoso logotipo da marca, chamado de Striding Man, ou andarilho, foi lançado em 1909, ao mesmo tempo em que os renomados uísques Red Label e Black Label. A tradicional figura, com chapéu de pele de castor, túnica vermelha, calça branca botas de montaria, e monóculo inquisitor, foi criada primeiramente pelo popular cartunista Tom Browne, como uma homenagem de George e Alexander Walker a seu avô e ao progresso, pioneirismo e a saga da família Walker. O símbolo foi redesenhado através dos anos por uma sucessão de grandes artistas plásticos como Basil Partridge, Leo Cheney, Clive Upton e Michael Peters. Sua roupa foi alterada ocasionalmente e diferentes posições foram adotadas, mas nunca perdeu o conceito de “continuar andando”, se tornando um dos logotipos mais reconhecidos no mundo e um verdadeiro ícone da industria de bebidas alcoólicas. O ícone da marca ganhou sua última reformulação visual no ano de 2003, quando a marca apresentou suas novas garrafas e rótulos. Além desse elemento gráfico dominante, a garrafa quadrada e o rótulo inclinado sempre deram caráter próprio às embalagens de JOHNNIE WALKER.
Os slogans
1976: Born 1820 - still going strong.
1996: Taste life. (Red Label)
2000: Keep Walking!
Os dados
Origem: Escócia
Fundação: 1865
Fundador: Johnnie Walker
Sede mundial: Kilmarnock
Proprietário da marca: Diageo plc
Capital aberto: Não
Chairman: Lord Blyth of Rowington
CEO: Paul Walsh
Faturamento: US$ 3 bilhões (2006)
Destilarias: 27
Presença global: 200 países
Presença no Brasil: Sim
Maiores mercados: Estados Unidos, Grécia e Brasil
Funcionários: 22.000 (Diageo)
Vendas: 150 milhões garrafas/ano
Segmento: Bebidas Alcoólicas (uísque)
Principais produtos: Red Label, Black Label, Green Label, Gold Label, Blue Label
Ícones: As garrafas quadradas e o homem andarilho
Slogan: Keep Walking.
Website: www.johnniewalker.com
A marca no mundo
Atualmente a JOHNNIE WALKER possui 27 destilarias espalhadas pela Escócia, vendendo cerca de 150 milhões de garrafas (10 milhões de garrafas a mais que seu principal concorrente) por ano em mais de 200 países. A cada segundo são consumidas cinco garrafas de JOHNNIE WALKER ao redor do mundo.
Você sabia?
O RED LABEL é o uísque mais consumido e conhecido do mundo, tendo o Brasil como quarto principal mercado para a marca no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, das lojas do Freeshop e da Grécia. Tem uma fatia de 49,4% no segmento standard (oito anos), segundo o Instituto de Pesquisas Nielsen.


A idade do Whisky


Esse tipo de classificação é dada aos Blended Whisky, que representam 90% de todo o whisky no mundo. São divididos em três categorias conforme o tempo de envelhecimento, do Single Malt mais jovem da composição.
Standard
Blended Whisky amadurecido até 8 anos. A idade geralmente não é referenciada no rótulo.
Premium
Blended Whisky amadurecido em 12 anos. A idade vem informada no rótulo.
Ageds
Essa é a categoria mais nova do mercado. É dada ao Blended Whisky amadurecido por no mínimo 15 anos. A idade é bem referenciada no rótulo. Temos Ageds de 15, 17, 18, 30 anos e assim por diante.
Quanto maior a idade do whisky, mais caro ele se torna. Porém, esse encarecimento não é por acaso. Para se ter uma idéia, enquanto o whisky esta amadurecendo em barris de carvalho, ele tem o seu líquido evaporado - o chamado "Parte dos Anjos". É verdade que essa evaporação irá fazer diferença na concentração e na qualidade final do produto. Porém, para se ter uma idéia da parte que se perde na evaporação, em 30 anos, metade do barril já evaporou.

Whisky - Um estilo


Sustenta uma antiga tradição que os mistérios da destilação surgiram com os Celtas que fundaram o Reino de Dalriada, no litoral ocidental da Escócia, conhecidos na história como os Scots, ou escoceses.
Em um documento datado de 1494, o rei James IV ordenava ao frade John Cor que fizesse a 'acqua vitae'. O frade pertencia a Ordem dos Beneditions na Abadia de Lindores. A falada acqua vitae também era conhecida como 'uisge beatha', em Celta.
A fórmula do whisky é extremamente simples. Em sua composição leva apenas água e cevada e é produzido pelo processo da destilação.
Mas como explicar o seu custo tão elevado? É que ao longo do tempo o processo de fabricação do whisky sofreu mudanças, recebeu muitos impostos, houve muito investimento em pesquisa para melhorar sua qualidade. Chegou mesmo a ser utilizado como remédio e foi contrabandeado na época da Lei Seca, nos Estados Unidos.
A qualidade da água é de total importância na produção do whisky. Ao nascer, ela se eleva através da trufa e corre por verdadeiras estradas de granito até ser canalizada para as destilarias. Deve ter baixo pH, conter equilíbrio de cálcio, magnésio e zinco e estar livre de impurezas minerais e orgânicas.
Embora os elementos que compõem o whisky sejam bem simples o processo de elaboração é bastante complexo e cheio de detalhes que vão resultar na melhor ou pior qualidade da bebida. Embora as destilarias usem os mesmos componentes e métodos de elaboração, cada whisky tem sua personalidade ou seu spirit.
Quando está pronto, o produto é maturado em tonéis de carvalho e se torna mais saboroso e cheiroso. Por lei, o whisky deve maturar pelo menos três anos. Os single malts permanecem maturando por oito, doze ou quinze anos. Uma vez engarrafado o whisky para de envelhecer. Portanto, não adianta guardar por anos a fio aquela garrafa que ganhou de presente.
Existem várias classificações para o whisky: quanto ao país de origem, quanto ao processo empregado e quanto ao tempo de envelhecimento.
Quanto à origem ele pode ser Scotch Whisky, o escocês; Irish Whisky, o irlandês, Canadian Whisky, o canadense; American Whisky, o americano.
Alguns lugares são famosos pelo whisky que servem e pelo clima do local. O Rockwell, bar do Hotel Trafalgar, em Londres é especializado em Bourbon. É um bar bem estilo inglês, não é barato, mas tem muito estilo assim como seus freqüentadores.
Outro lugar é o Boisdale, um reduto cubano na Escócia, que tem a maior coleção de charutos cubanos e whisky de malte. O bar promove concertos ao vivo de jazz.
Saindo do velho continente, em Nova York há o Hole in One. Um bar caro onde mesmo as garrafas mais caras são consumidas. É um local sossegado e escondido freqüentado por empresários japoneses, apreciadores de whisky, donos de destilarias e por que tem uma gorda conta bancária.
Outro local em Nova York é o North Star Pup, com um conceito diferente de bar, uma música psicodélica, tem uma mistura bem nova-iorquina. Os turistas freqüentam esse bar, assim como os locais.
Para os amantes da Califórnia, em São Francisco está o Cypress Club, com ar de clube mesmo, freqüentado por milionários, bomb shells (louras bombásticas) e celebridades.


Produção do Whisky


Para se obter o whisky são necessárias várias etapas: maltagem, moagem, maceração, fermentação, destilação e envelhecimento.
Maltagem:
A cevada é mergulhada em água fria de 48 a 60 horas. O grão estufa e na seqüência é espalhado em finas camadas por uma superfície plana. Remexe-se o cereal continuamente, homogeneizando a temperatura dos que ficam embaixo com os de cima.
Quando os brotos do malte começam a crescer, sabe-se que os níveis de açúcar contidos no cereal estão no ponto certo. Nesse momento é preciso secá-lo antes que cresça mais. Nesse estágio, o cereal é denominado de malte verde.
O cereal é secado no forno com o vapor quente originado do fogo provocado na parte inferior. A turfa é acrescentada a esse fogo, agregando um sabor defumado ao malte.
Moagem:
Para extrair a maior quantidade de substâncias fermentáveis dos cereais, os grãos são esmagados utilizando-se martelos hidráulicos ou moendas rolantes. Quanto mais fina for a farinha obtida, mais álcool se obterá.
Maceração:
A farinha é colocada em infusão na água quente, operação que libera o açúcar da cevada e forma um líquido denominado mosto. O processo é realizado em um grande destilador circular de aço inoxidável.
Nas destilarias de malte, o líquido obtido escorre pelas estreitas fendas do tonel de trituração, fazendo a separação do mosto e dos sólidos. O mosto vai para a fermentação e os sólidos são retirados e usados como ração de gado.
Fermentação:
É a fase em que se acrescenta lêvedo ao mosto, que está mantido a uma temperatura de cerca de 70ºC, em grandes recipientes de madeira ou aço inoxidável. O lêvedo começa a fermentar e a mistura libera gás carbônico e espuma.
Para que a espuma não transborde, as destilarias usam tampas e uma pá rotativa. O açúcar é transformado em álcool que, em um período de 40 a 72 horas, produz uma bebida fermentada doce, quente e turfosa, com um grau alcoólico entre 8 e 9%.
Destilação:
Através de tubos, a bebida fermentada vai para os alambiques para passar por duas destilações. O destilado, chamado de vinho baixo, possui cerca de 20% de álcool e está pronto para o segundo alambique.
O alambique de segunda destilação é menor. As várias formas de alambique determinam a composição e o sabor final do destilado. Aplica-se calor no alambique de segunda destilação e os vinhos baixos fervem, condensando e recolhendo os vapores.
Não se aproveita toda a porção destilada. Somente a parte do meio é encaminhada para o recebedor de bebidas. Nesse momento o destilado chega a ter 68% de álcool e ao final da destilação esse nível vai diminuindo. As partes voltam para a lavagem seguinte até atingirem o ponto ideal.
A bebida que resulta da segunda destilação é totalmente incolor. É acrescentada mais água pura até chegar a 63,5% de álcool. O destilado está ponto para o envelhecimento em tonéis de carvalho, onde adquirirá cor e sabor característicos.
processo de producao de whiskyEnvelhecimento:
Pelo longo tempo que o whisky fica envelhecendo nos barris, a bebida absorve o ar e perde algum volume e força. Para os escoceses, essa perda, cerca de 2% do conteúdo dos barris, representa a parte destinada ao felizardo "anjo".
Fatores Naturais para a produção de Whisky
Os deuses da natureza colocaram cinco importantes atributos, com muito carinho, nas regiões da Escócia: água, cevada, clima, turfa e urze. E esses cinco atributos é que fazem do Scotch Whisky uma dádiva exclusiva desse país.
fatores naturais da escocia para a producao de whisky Água:
Sem água não haveria Whisky. É o único elemento não-negociável. E na Escócia existem mais de 100 mil fontes de água puríssima e límpida, todas ideais para a fabricação do whisky.
As melhores destilarias estão situadas em regiões onde a incidência de chuvas é acentuada. Os destiladores aprenderam a reverenciar a chuva. Afinal, ela é o ponto de partida para a produção do whisky.
As águas que gozam de maior prestígio na Escócia são as que se encontram na Ilha de Islay. Essas águas percorrem longas extensões de turfa pantanosa que, impregnadas desse elemento, se tornam especiais para a fabricação de whisky.
fatores naturais da escócia para a produção de whiskyCevada:
Os antigos egípcios já utilizavam a cevada na fabricação da cerveja, mas existem histórias de que esse cereal já era cultivado pelo homem entre 5 e 10 mil anos atrás.
Clima:
A Escócia tem as condições climáticas ideais para a produção de whisky. A temperatura e a umidade provenientes das chuvas colaboram para seu envelhecimento.
melhores fatores para o scotch whiskyTurfa:
Há milhões de anos, nas terras onde hoje é a Escócia, existia uma grande floresta densa. Com o tempo, as árvores, arbustos e flores dessa floresta foram se decompondo, o que fez surgir um material orgânico chamado turfa.
A turfa é inflamável e seu fogo produz poucas labaredas e muita fumaça. Utilizada no processo de secagem do malte, essa fumaça se impregna na cevada e dá um sabor característico de defumado.
Urze:
Típicas dos campos montanhosos da Escócia, as urzes, conhecidas também como Heather, são pequenos arbustos com florzinhas coloridas e perfumadas. A água da chuva escorre pelas urzes, se impregna de perfume e escorre sobre a turfa, proporcionando aromas e sabores muito especiais.

 


HITÓRIA DA CERVEJA

A cerveja é uma bebida fermentada que, acredita-se, tenha sido a primeira bebida alcoólica desenvolvida pelo homem. Uma cerveja é qualquer uma das variedades de bebidas alcoólicas produzidas pela fermentação de matéria com amido, derivada de grãos ou de outras fontes vegetais.
A fabricação da cerveja e de algumas outras bebidas alcoólicas é geralmente chamada Cervejaria (Brewer). Historicamente, a cerveja era conhecida pelos sumérios, egípcios e mesopotâmios, desde pelo menos 4.000 a.C. Devido aos ingrediente usados para fazer cerveja diferirem de lugar para lugar, as características (tipo, sabor e cor) variam amplamente.
Importantes fontes de informação, das quais se tem aprendido muito sobre as maneiras e costumes de nossos ancestrais, são pinturas feitas por artistas há muitos e muitos anos atrás. Para dar um exemplo, forma descobertas criptas reais antigas no Egito, com paredes pintadas que mostram aspectos do dia-a-dia na vida da comunidade com era há 3000 anos. Em uma das outras criptas a parede pintada mostra etapa por etapa como a cerveja era produzida naqueles tempo, através de pinturas feitas por artistas de aproximadamente 5000 anos.
Através dessa história aprende-se que os sumérios já tinham uma notável indústria cervejeira. Estes cervejeiros preparavam a cerveja a partir de um cereal que foi finalmente relatado como cevada. Eles foram os primeiros povos, que se tem conhecimento, que controlou plantios em largas escalas. A bebida alcoólica que eles preparavam, guardadas as devidas proporções, é basicamente a mesma cerveja que produzimos hoje.
Pelos contatos que os sumérios tinham com seus vizinhos, eles acabaram difundindo seus conhecimentos, primeiro para os assírios e os babilônios, e através destes, aos egípcios, israelenses e outros.
Mais recentemente a cerveja tornou-se popular no oeste europeu, onde os ingleses, os alemães, os holandeses e os belgas vivem hoje.
Em muitas outras partes do mundo, em especial nas regiões em que a cevada era desconhecida, o consumo da cerveja deu-se tempos, porque ela tinha que ser importada.
Desde o final do Século XIX cientistas têm imprimido um crescimento importante no desenvolvimento da qualidade de cerveja. Estes desenvolvimentos têm sido contínuos. Isso significa que podemos esperar mais progressos além de hoje.
Um resultado muito claro desses esforços combinados é que agora é possível fabricar cerveja com uma constante alta qualidade, praticamente em qualquer lugar do mundo.


Idade Média


A partir da Idade Média, os conventos assumiram a fabricação da cerveja que, até então, era feita de forma doméstica. No século X, conforme documentos encontrados num convento de St. Gallen, Suíça, os frades que produziam a cerveja, recebiam 5 litros diários para o seu consumo pessoal. Foram os monges que tornaram popular o uso de lúpulo como fator de amargor da cerveja. Neste mesmo século, o Rei Ludwig da Baviera decretou uma lei favorecendo aos conventos a fabricação de cerveja, e estabeleceu cotas para aristrocatas de acordo com suas categorias hierárquicas.
Os conventos mais antigos que iniciaram a produção de cerveja foram os St. Gallen, na Suíça, e os alemães Welhenstephan e St. Emmeran. Os beneditos de Welhenstephan foram os primeiros a receber, oficialmente, a autorização profissional para fabricação e venda da cerveja, em 1040 d.C. Com isso, esta é a cervejaria mais antiga do mundo em funcionamento e é hoje, principalmente, conhecida como o Centro de Ensino da Tecnologia de Cervejaria da Universidade Técnica de Munique.Os povos do norte da Europa descobriram a técnica da cervejaria não muito antes da era cristã. As primeiras bebidas celtas e teutônicas feitas de uma mistura de milho e mel originaram o “hidromel” de sabor ligeiramente ácido, o que levou ao desenvolvimento de fermentações lácticas. A cerveja sempre foi consumida em países onde o clima e o solo eram inadequados para a produção de vinho e de uva.


Origens


A origem das primeiras bebidas alcoólicas é incerta, mas provavelmente tenham sido feitas de cevada, tâmaras, uvas ou mel, sendo a cerveja uma das bebidas alcoólicas mais antigas do mundo. Mas, foram os gauleses os primeiros a fabricá-la com malte, isto é, cevada germinada.
Há evidências de que a prática de cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde, como no Egito, a cevada cresce em estado selvagem. No Egito, a cerveja ganhou status de bebida nacional, até com propriedades curativos, especialmente contra picadas de escorpião. Consta que os egípcios gostavam tanto da bebida que seus mortos eram enterrados com algumas jarras cheias de cerveja.
Tem-se que a cerveja feita de cevada maltada já era fabricada na Mesopotâmia em 6000 a.C. No 4º ou 5º milênio a.C. já existiam diversos tipos de cerveja, sendo que no Egito, aparentemente, a cerveja era bebida nacional e de grande consumo, inclusive nos ritos religiosos, quando era ofertada ao povo.
Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. também os sumérios, um dos povos civilizados mais antigos, alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais. Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas “casas de cerveja”, mantidas por mulheres.
A cerveja é tão antiga quanto o pão, pois era obtida a partir da fermentação de cereais como cevada e trigo. A cevada era feita por padeiros devido à natureza da matéria-prima utilizada: grãos de cereais e leveduras. A cevada era deixada de molho até germinar e, então, moída e grosseiramente moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados fermentar. Esta cerveja rústica ainda é fabricada no Egito com o nom de Bouza.
O lúpulo, assim como outras ervas aromáticas, tais como o zimbro, hortelã e a losna, podia ser adicionado à cerveja para corrigir as diferenças observadas no sabor.
Há 15 séculos antes, um fragmento de cerâmica mesopotâmica, escrito em sumérico-acadiano de 5000 a.C., dizia que fabricar cerveja era uma profissão bem estabelecida e muito respeitada. Os gregos aprenderam a técnica da cervejaria com os egípcios e também usavam lúpulo. Os romanos aprenderam com os gregos e a introduziram na Gália e Espanha sem, contudo, usarem lúpulo até o século VIII.
Os chineses foram os primeiros a preparar bebidas do tipo cerveja obtida de grãos de cereais. A “Samshu”, fabricada a partir dos grãos de arroz, e a “Kin” já eram produzidas cerca de 2300 a.C.
Em 500 a.C. e no período subseqüente, gregos e romanos davam preferência ao vinho. A cerveja passou então a ser bebida das classes menos favorecidas, muito apreciada em regiões sob domínio romano, principalmente pelos germanos e gauleses. Foi nessa época que as palavras cevisia ou cerevisia passaram a ser utilizadas pelos romanos, em homenagem Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.
Você sabia que o professor Paul Haupt, da Universidade de Virgínia, em 1926 d.C., traduzindo uma tábua cuneiforme assíria encontrada nas ruínas de Nínive, afirmou que parte do carregamento da “Arca de Noé” era cerveja?


Século XVI


Uma curiosidade é que a cerveja já era conhecida na América antes de Colombo, que teria ganhado dos índios cerveja de milho. Entretanto, foram os ingleses, em 1548, que introduziram a verdadeira cerveja.
Na Antiguidade usava-se para a elaboração da cerveja uma variedade imensa de ingredientes para aromatizar o produto, como folhas de pinheiro, cerejas silvestres e variadas ervas. Para regularizar o processo de fabricação da cerveja, o Duque Guilherme IV da Baviera, decretou em 1516 d.C., a Lei da Pureza. Essa lei, a mais antiga conhecida do mundo, determina que os ingredientes que podem ser usados na fabricação de cerveja são: cevada, lúpulo e água. A levedura de cerveja ainda não era conhecida e, somente mais tarde foi incluída na lei.


Século XIX


Enquanto na Antiguidade o que caracterizava o processo de fabricação era a experiência e a tradição, a partir do século XIX, o fabrico da cerveja pe dominado pela ciência e pela técnica. Até o evento de Louis Pasteur, a fermentação do mosto era natural o que, normalmente, trazia prejuízos aos fabricantes. O notável cientistas francês convenceu os produtores a utilizarem culturas selecionadas de leveduras para fermentação do mosto, para manter uma padronização na qualidade da cerveja e impedir a formação de fermentação acética. Pasteur descobriu que eram os microorganismos os responsáveis pela deterioração do mosto e que poderiam estar no ar, na água e nos aparelhos, sendo estranhos ao processo. Graças a esse princípio fundamental, limpeza e higiene tornaram-se os mais altos mandamentos da cervejaria. O nome de Louis Pasteur é lembrado através do termo “pasteurização”, método pelo qual os microorganismos são inativados através do calor.
Outros dois grandes nomes estão ligados ao desenvolvimento da fabricação da cerveja. Emil Christian Hansen e Carl Von Linde. O primeiro, em função do desenvolvimento do microscópio, descobriu também células de levedura de baixa fermentação, pois antes eram somente conhecidas leveduras de alta fermentação. Ele isolou a célula, que foi multiplicada sob cultura pura. Como a levedura influencia fundamentalmente o sabor, esta descoberta permitiu a constância do sabor e da qualidade.
Carl Von Linde desenvolveu, através da compressão, a Teoria da Geração de Frio Artificial com sua máquina frigorífica a base de amônia. Com isso, a produção de cerveja pôde, desde então, ser feita em qualquer época do ano, sendo possível controlar os processo de fermentação de forma científica exata, pelo entendimento da atividade dos microorganismos e reconhecimento de que diversas leveduras, por exemplo, atuam diferentemente e de que as condições do meio afetam de maneira básica a ação de uma mesma cepa.
Com a evolução da técnica industrial, as cervejarias passaram da fase empírica para a científica. O “Mestre Cervejeiro” conta com todos os recursos técnicos e sanitários para a elaboração de um produto tecnicamente perfeito. Um cervejeiro moderno deve ser um engenheiro, químico ou bacteriologista.


No Brasil 


No Brasil, a cerveja demorou a chegar, pois os portugueses temiam perder o filão da venda de seus vinhos. O hábito de beber cerveja começou nos tempos de D. João VI, época em que a Colônia Inglesa importava a bebida da Europa e, até o final do século passado, o Brasil ainda importava a bebida.
As primeiras indústrias brasileiras surgiram na época da Proclamação da República, em 1889. Essas cervejas nacionais tinham um grau de fermentação tão alto que, mesmo depois de engarrafadas, produziam uma enorme quantidade de gás carbônico, criando grande pressão.
As primeiras marcas nacionais foram a Logos, Guarda Velha e Gabel. Um pouco mais tarde surgiram as marcas Vesosso, Stampa, Olinda, Leal e Rosa, todas de curta duração.
Destino bem diferente teria a “Manufatura de Cerveja” do suíço Joseph Villiger, fundada em 1888, no Rio de Janeiro, portanto, muito antes das demais. Inconformado com a má qualidade das cervejas até então fabricadas no Brasil, ele decidiu abrir uma cervejaria em sua própria casa. Sua fórmula fez muito sucesso e, a cada dia, sua casa estava mais cheia de amigos que queriam beber o novo produto.


Tipos de Ceveja


Estimam-se que existam cerca de 20.000 diferentes tipos de cerveja no mundo. Vejamos alguns:
Ales Belgas Trappist:É uma Ale Belga que começou a ser produzida por monges trapistas em abadias belgas e holandesas. É forte e frutada, se comparada aos vinhos, seria como um bom Porto. Bebe-se na temperatura ambiente.


Ale Bitter: De cor de cobre, é encorpada, tem sabor de malte e de lúpulo bem balanceado.
Altbier: É uma ale tradicional da região de Dusseldorf, tem corpo bem balanceado, sabor limpo e delicado. Servida abaixo de 10 graus.
Brown Ale Scotch Ale: De cor pronunciada, encorpada e com sabor de malte. Muito semelhante à Bitter Inglesa.
Bock: Escura e forte, de baixa fermentação.
Doppelbock: Muito adocicada e suave, de alto teor alcoólico.
Dortmunder: Uma variação da Pilsen produzida na Alemanha. Tem uma sensação de amargor acentuado e mais picante na língua do que as Pilsens em geral.
Gueze, Lambic, Framboise: Seu processo de fermentação diferenciado, o mosto é exposto à contaminação atmosférica, contrário a tecnologia conhecida para se fabricar cerveja. Na Bélgica serve-se como aperitivo de boas vindas.
Kolsh: Cerveja tradicional da cidade de Colonia. Difere da Altbier pelo seu paladar suave e refrescante. É servida a 5°C.
Lager Americana: A cerveja americana era uma versão Pilsner, muito leve, quase sem lúpulo e praticamente sem sabor. Denominou-se Standard Lager Americana.
Lager Brasileira: Muito semelhante à Lager Americana. Com mais lúpulo e fazendo bastante uso de como adjuntos milho e arroz, muito próxima das cervejas escandinavas
Lager Pilsen ou Pilsner: Originária da cidade de Pilsen na Boêmia, na República Tcheca. Muitas cervejas aproximam-se da Pilsner porém muito menos encorpadas e atenuadas em sabor se comparadas às originais, devido à utilização de milho e arroz. Na Boêmia e na Alemanha continua-se a produção de Pilsen com puro malte sem o uso dos adjuntos.
Munchener: Na Bavária produzia-se uma cerveja de baixa fermentação porém de coloração escura e com um leve paladar picante de malte e café. Este tipo foi chamado de Dark-lager. Hoje produz-se em Munique várias lagers claras porém mantendo o sabor acentuado de malte das suas origens.
Helle: Derivada da Munchener de cor clara. É parecida com a Pilsner porém com um sabor mais acentuado de malte.
Pale Ale: É uma Bitter engarrafada, com um nível mais elevado de carbonação.
Porter: Originária da Londres dos séculos 18 e 19. Feita com cevada torrada não maltada e grandes quantidades de lúpulo. É uma cerveja preta extremamente amarga e com bastante espuma. Servida a 13 graus, normalmente consumida com frutos do mar.
Stout: Similares às Porters. As Stouts inglesas são geralmente adocicadas, já as Stouts irlandesas são secas, amargas, intensas e com um sabor de café queimado. São melhores na temperatura ambiente.
Vienna, Marzen, Oktoberfest: De cor avermelhada proveniente de Viena que inspirou os alemães a produzir a Marzen. Na Alemanha é produzida para consumo nos tradicionais BierGarten, que no mês de outubro, ganha o nome de Oktoberfest.
Weizenbier: Cerveja branca ou feita com trigo. ácida, muitas vezes opaca e não filtrada. É uma cerveja típica de verão.
Wheat Berliner Weisse: Produz uma espuma densa e efêmera, desaparecendo tão logo é servida. Possui baixo teor alcoólico, é altamente refrescante e de paladar ácido.

Gastronomia




Não importa em que idioma se levante um brinde, desde que seja regado pela mais saborosa cerveja, que pode ser alemã, brasileira, belga ou irlandesa. O universo cultural da “cerva”, sabiamente apelidada pelos gregos de “néctar da vida”, ganha mérito nas palavras do especialista no assunto, Xavier Depuydt Cynthia Pastor.
Com um sotaque pra lá de divertido, o simpático e notório mestre em cervejas,o belga, Xavier Depuydt, radicado no Brasil desde 1996, é dono no Rio de Janeiro da cultuada Belgian Paradise, um misto de cervejaria e loja. Em entrevista exclusiva para o Jornal da Comunidade, Depuydt mostra o caminho das pedras das cervejas importadas e ensina que as nuances etílicas da “loura” são mais diferenciadas do que julga nossa vã filosofia cervejística. Confira!
Depuydt, você ficou muito famoso depois de deixar o apresentador Jô Soares meio tonto em uma degustação de cervejas?É… (risos) em embebedei ele só um pouquinho.
Quando você chegou ao Brasil?Cheguei em 96 e em 97 comecei imediatamente a importar cervejas. A Duvel belga foi a primeira que importei e depois outros rótulos. A grande vantagem que eu tive em toda essa história foi começar com cervejas caras, porque ficou mais fácil baixar os preços depois. Se você começa com uma cerveja barata é muito difícil aumentar os preços.
Você fala da questão qualidade-preço de uma cerveja como a belga Stella Artois, muito consumida na Europa. Aqui no Brasil, sabor e valor combinam?Hoje só tenho algumas que são mais caras, outras já têm o preço bem básico. Quanto ao sabor, não existe cerveja ruim, mas cervejas que não são adequadas ao paladar de cada pessoa. Se você pegar 10 pessoas que gostem de Brahma e que nunca tomaram uma outra cerveja na vida e oferece uma Stella Artois já vai ser diferente. Tudo depende da evolução do paladar. A evolução passa pelas importadas como a cerveja Deus, por exemplo, ou então a pessoa fica parada no que já conhece. Temos ainda as alemãs que são mais amargas, contudo, a maioria das pessoas confundem amargor com sabor. Pilsen não tem sabor, Pilsen tem amargor. Um exemplo é a Stella Artois, que é fabricada no Brasil hoje, onde baixaram 10% no amargor porque os brasileiros não gostam do amargor, mas os ingredientes importados são os mesmos.
Quais são as cervejas mais tradicionais na Europa?Lá temos vários parâmetros. O país que bebe mais cerveja do mundo é a Tchecolosváquia, que consome 150 litros per capita. No Brasil acho que são só 54 litros por pessoa, dependendo do poder aquisitivo. Na Bélgica a gente consome em média 98 litros por pessoa por ano, mas a Bélgica na regra é uma exceção, porque lá 67% são cervejas pilsener, então se você calcular o percentual em relação a outros países vai ver que os belgas são os maiores bebedores de cervejas fortes e encorpadas. Hoje temos por lá quase 800 marcas e 658 tipos de cervejas. O que é impressionante para um país pequeno. Na Alemanha por exemplo, existem três mil cervejarias, onde eles fabricam as mesmas cervejas: Weiss Beer, Pilsener, Bock, Double Bock e só, acabou.
Então acreditar culturalmente que os alemães e os ingleses é que são os bons bebedores é um erro?Ainda há muito desconhecido sobre a cultura da cerveja. Dizer também que os alemãe têm a melhor cerveja não tem nada a ver. Um dos grandes críticos da cervejaria, o inglês Michael Jackson (não é o cantor, por favor! Risos), diz que com tantos tipos ele nunca tomou uma cerveja igual a outra. A Duvel, nascida nos anos 70, é um exemplo de cerveja de sucesso e todo mundo começou a copiar o contexto relacionado ao nome. E ninguém precisa fazer uma cerveja igual e com nome igual também. Na Bélgica fazemos degustações de vários tipos, com vários produtores em uma cervejaria. Já aqui no Brasil todo mundo é concorrente. Lá na Bélgica ninguém concorre, muito embora não se conte o segredo de sua cerveja, tudo é discutido em conjunto com as exportações, como andam os sabores, ou seja, se questiona a qualidade das cervejas produzidas e que não são iguais. Um exemplo de diferenciação essencial do produto são as cervejas carmelitas fabricadas no mosteiros belgas.
Cerveja tem terroir? É igualzinho ao vinho. Os cervejeiros, por exemplo, compram o lúpulo de uma região e o grão para gazer uma cerveja, se no período tinha mais chuva o sabor da cerveja será certamente diferente. Mas eles controlam os sabores e fabricam as cervejas em tanques e criam uma certa padronização que é adotada pelas grandes cervejarias por aqui. Já as pequenas cervejarias no Brasil não têm fabricação suficiente, elas produzem um tanque de 1,5 mil litros por vez. Na próxima fabricação, se houver um atraso do malte que vem da Inglaterra, e se este estiver diferenciado em sabor por causa das chuvas e do solo, o produtor já vai fazer uma cerveja com sabor que não é igual. E às vezes a diferença é muito grande.
Existem cerveja importadas que são fabricadas como alguns vinhos, com certas regras e numa só época do ano?Sim. Um exemplo é a Gouden-Carolus, que é fabricada só no dia 24 de fevereiro, que é o aniversário do imperador Carlos V.
Como são diferenciadas as imponentes marcas das plebéias?O preço da cerveja é feito pela raridade do produto. Na Bélgica temos, por exemplo, as Trappist Beer, produzidas em mosteiros na Europa. É um produto que vem com uma identificação de autenticação, é como se fosse um produto de origem controlada para os próprios mosteiros fabricantes da Trappist na Alemanha, Holanda, Bélgica, que controlam a marca. Essa cerveja é vendida na porta dos mosteiros. Os padres só a fabricam quando precisam de dinheiro para sustentar a irmandade, imagina que felicidade! (risos). A raridade é que conta. Daí eu pensei, eu preciso ter essa cerveja no Brasil. Pedi para uma amiga comprar uma caixinha de cada vez. Em sete meses acumulamos 30 caixas. Aqui no Brasil cada garrafa está saindo a R$ 50. Agora, a melhor cerveja não existe, pois depende unicamente do seu paladar. Uns vão falar que a Brahma é a melhor, outra que a Stella Artois é a melhor e por aí vai. Eu tenho uma lista de 20 preferidas. E você não imagina como é um mundo complexo.
Existem cervejas de guarda, como no caso do vinho?Eu tenho uma adega de cervejas. Tenho cervejas de 1999, desde quando comecei a colecionar. Montei essa adega dentro de um balcão que tem uma temperatura constante de 18 graus.
E no que tange a degustação. Como funciona?Existe um copo próprio para degustação de cervejas. A Universidade de Louvain, na Bélgica, fez um estudo sobre o copo ideal e concluíram que a tulipa é a melhor para degustação da cerveja. A tulipa guarda a espuma por mais tempo e se você girar o copo a espuma volta e os aromas também.
Degustação é olho, nariz e boca. O primeiro ato sensorial que vai para o inconsciente é a cor da cerveja, depois os aromas. Nesse ponto a pessoa já tem 75% de uma idéia da cerveja que vai beber. Aí quando prova, vem a surpresa ou a decepção. Uma vez fizemos uma degustação no restaurante Leopoldo com dois chefs renomados que disseram que não imaginavam que a cerveja pudesse combinar com sobremesas,por exemplo. Outra vez, fizemos uma degustação de queijos com vinho e com cervejas e aí vimos que no caso do vinho com queijos o sabor de um dos dois domina, já no caso da cerveja, ela combina muito bem com qualquer queijo.
Então, dando continuidade à harmonização com a gastronomia, o que você sugere?A harmonização da cerveja funciona basicamente assim: cerveja leve combina bem com comida leve e cerveja forte e encorpada com carnes e molhos fortes. Por exemplo, um mexilhão vai muito bem com uma boa cerveja de trigo ou com Pilsener. Outra boa pedida é cerveja Blanche com chocolate belga em sima ou Rochefort 8 que combina perfeitamente. Uma carne como a Carbonada de Boeuf, por exemplo, é feita à base de cerveja, mas independente de ser feita com a bebida, o molho é muito denso e você deve então beber uma cerveja mais encorpada.
E a regra da regionalização se aplica à cerveja?Sim, com certeza. Qualquer restaurante como um mínimo de especialização em cervejas lá na Europa te traz o prato com uma cerveja junto. Lá você pode escolher pelo menos 650 tipos.
E sobre a importação e a exportação das brasileiras?Hoje temos sete ou oito importadores de cerveja. Tudo começou com a Duvel e hoje você já encontra boas marcas até mesmo em supermercados. Em relação à exportação, é preciso que se entenda que a Brahma que vai para a Europa não é a Brahma daqui. Ela é fabricada numa cervejaria da Amblev lá pela Europa e o lúpulo foi trocado, assim como o tipo de cevada para atender ao gosto daquele mercado, ou seja, o sabor é adequado para o consumidor específico. Outra coisa, aqui a cerveja tem conservantes, lá não. Se você bebe uma cerveja daqui na praia, num calor de 40 graus, tudo fica bem, mas se você bebe uma Stella Artois por exemplo na mesma situação você cai, porque a Stella tem um teor alcoólico muito mais alto e adaptado para o gosto europeu. Agora eu desafio que se coloque todas as marcas de cervejas brasileiras atuais juntas em uma degustação e que ninguém consiga identificar uma diferença forte entre elas. O sabor neutro infelizmente está muito padronizado e é triste admitir que essa é uma tendência mundial porque se tem a ambição de produzir muito. Você acha, por exemplo, que Mc Donald’s é bom ou tudo tem o mesmo gosto? Nós precisamos da imprensa para divulgar as variedades da cerveja, porque cerveja não é Coca-Cola.


 

HISTÓRIA DA CACHAÇA


Primórdios do XVI
O caldo era apenas consumido pelos escravos, para que ficassem mais dóceis ou para curá-los da depressão causada pela saudade de sua terra (banzo).
Como a carne de porco era dura, usava-se a aguardente para amolecê-la. Daí o nome "Cachaça", já que os porcos criados soltos eram chamados de "cachaços".
O apelido "Pinga" veio porque o líquido "pingava" do alambique.
2ª metade do Século XVI
Passou a ser produzida em alambiques de barro, depois de cobre, como aguardente.
Século XVII
Com o aprimoramento da produção, passou a atrair consumidores. Começou a ter importância econômica e valor de moeda corrente.
Ano de 1635
Contrariado com a desvalorização de sua bebida típica, a Bagaceira, produzida do bagaço da uva, Portugal proibiu a fabricação da Cachaça e seu consumo na colônia brasileira.
Menos da metade do Século XVII
A retaliação à Cachaça provou o nacionalismo brasileiro, levando o povo a boicotar o vinho Português.
Final do Século
Portugal recuou quanto à decisão de proibir o consumo da Cachaça brasileira e decidiu apenas taxar o destilado.
Anos de 1756
A aguardente da cana-de-açúcar era um dos gêneros que mais contribuía para a reconstrução de Lisboa, abalada por terremoto em 1755.
Ano de 1789
A Cachaça virou símbolo da resistência ao domínio português. O último pedido de Tiradentes: "Molhem a minha goela com cachaça da terra".
Inicio do Século XIX
Com as técnicas de produção aprimoradas, a Cachaça passou a ser muito apreciada. Era consumida em banquetes palacianos e misturada a outros ingredientes, comogengibre, o famoso Quentão.
Depois da metade do Século XIX
Com a economia cafeeira, abolição da escravatura e início da República, um largo preconceito se criou frente a tudo que fosse brasileiro, prevalecendo à moda da Europa. A Cachaça estava em baixa.
Ano de 1922
A Semana da Arte Moderna resgatou a nacionalidade brasileira. A Cachaça ainda tentava se desfazer dos preconceitos e continuava a apurar sua qualidade.
Depois da metade do Século XX
A Cachaça teve influência na vida artística nacional, com a "cultura de botequim" e a boemia. Passou a ser servida como bebida brasileira oficial nas embaixadas, eventos comerciais e vôos internacionais. A França tentou registrar a marca Cachaça, assim como o Japão tentou a marca Assai.
Século XXI
A Cachaça está consagrada como brasileiríssima, é apreciada em diversos cantos do mundo e representa nossa cultura, como a feijoada e o futebol. Em alguns países da Europa, principalmente a Alemanha, a Caipirinha de Cachaça é muito mais consumida que o tradicional Scott. A produção brasileira de Cachaça já ultrapassa os 1,3 bilhões de litros e apenas 0,40% são exportados.
A industrialização da Cachaça emprega atualmente no Brasil mais de 450 mil pessoas. O Decreto 4.702 assinado em 2002 pelo presidente FHC, declara ser a Cachaça um destilado de origem nacional.



PRODUÇÃO DA CACHAÇA
A cachaça pertence à nobre família das aguardentes, da eau-de-vie ou aquavit. Trata-se de um destilado feito à base de cana-de-açúcar, leveduras e água. Seu processo de fabricação inicia-se com a moagem da cana, que produz um caldo ao qual adiciona-se água, resultando no mosto. Sob o efeito das leveduras, o mosto entra em processo de fermentação. Depois da decantação, na qual separam-se as borras, processa-se a destilação num alambique tipo cebolão.
O primeiro corte, ou "cachaça de cabeça", contém muito álcool e de todos, é o que apresenta o sabor mais forte. O corte do meio, ou "do coração", é que será industrializado. A porção final, ou "rabo", contém substâncias tóxicas. A cachaça de coração quase não apresenta gosto ou cheiro, que só irá adquirir com o envelhecimento em tonéis de carvalho, bálsamo ou vinhático.
Vamos simplificar o processo de produção da cachaça nos seguintes passos: corte da cana, fermentação, destilação e envelhecimento.



CORTE
O primeiro passo é o corte da cana e a extração da garapa ou suco da cana que precisa ser bastante limpa para obter-se um produto de qualidade. No Brasil, a cana de açúcar atinge o ponto máximo de sacarose entre junho e julho e o solo ideal deve ter o pH entre 4,5 e 6. Outro fator importante sobre o corte é que a cana verde vai produzir metanol, o que é indesejável em uma boa "cana".



FERMENTAÇÃO
A fase da fermentação é onde o açúcar é transformado em álcool. A fermentação é dita artesanal quando acontece de forma espontânea a partir da cana moída.
A fermentação caipira consiste em introduzir na garapa agentes catalisadores como o fubá, farelo de trigo, arroz, soja ou milho. Nos alambiques artesanais, a fermentação deve durar aproximadamente 18 horas.
A fermentação industrial é induzida por agentes químicos.
Na fase de fermentação é que deve ser tomada a decisão de fazer ou não a infusão de frutas, ervas ou outros elementos que, ao fermentar junto com a garapa, darão sabor ao álcool.



DESTILAÇÃO
Esta é a fase final do processo de produção da cachaça. A garapa fermentada é levada para o alambique onde é aquecida e o álcool é concentrado. Como o álcool tem um ponto de evaporação mais baixo que a água, ele se desprende da garapa primeiro produzindo o que se chama "cachaça de cabeça", que é extremamente forte, por volta de 75o GL, e possui muitos elementos não desejados como o metanol. Conforme a destilação prossegue, cada vez mais água vai sendo adicionada à cachaça, chegando ao ponto onde não temos praticamente mais álcool. Isso é o que se chama de "cauda". Então para se ter um produto de melhor qualidade, corta-se grande parte da cabeça e da cauda da batelada..



ENVELHECIMENTO
A partir da destilação, a cachaça poderá ser engarrafada ou envelhecida em madeira. O importante no envelhecimento é permitir a oxidação do álcool. Então um recipiente de metal não permitirá o envelhecimento adequado por não permitir entrada do ar. Podem ser usados vários tipos de madeira como o carvalho, ipê, pau d’água, etc. A escolha de um bom recipiente de envelhecimento é fundamental para o sabor final do produto.
A aguardente-de-cana, a bebida mais popular do Brasil é definida pela legislação brasileira como produto alcóolico obtido a partir da destilação do caldo de cana fermentado, devendo apresentar teor alcóolico entre 38º e 54º GL.


 

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